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    Luiz Antonio Rizzon - larizzon@gmail.com

    Liberdade Religiosa

    Leia artigo do professor Luiz Antonio Rizzon

    3 anos atrás

A História ensina que povos e civilizações, desenvolvidas ou não, em diferentes épocas e lugares, cultivaram suas crenças religiosas, praticaram cultos, construíram templos, veneraram símbolos, objetos e imagens. O Sagrado sempre fez parte da humanidade. Assim aconteceu no Egito, na Grécia, em Roma, entre os Incas, Maias, Astecas e também entre os indígenas brasileiros.

A civilização européia e ocidental foi edificada a partir dos valores judaico cristãos. As universidades e, consequentemente, a ciência, nasceram à sombra das catedrais. Não por acaso a Declaração Universal dos Direitos Humanos proclama que “toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião” e nossa Constituição garante que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.

Paradoxalmente à liberdade de crença e de prática religiosa foi, com muita frequência, objeto de cerceamento e seus adeptos agredidos, perseguidos, aprisionados e mortos. A perseguição a diferentes crenças esteve presente na Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea, em todos os continentes. Conflitos, revoluções e guerras aconteceram e acontecem por motivos religiosos.

Frequentemente ditadores impõem suas ideologias e restringem a liberdade religiosa, pois esta é parte de um direito mais amplo, o direito à liberdade. Quase sempre esses déspotas assumem o lugar da divindade, querem se tornar deuses. Recentemente um ex-presidente brasileiro criticou duramente os evangélicos denominando-os de “gado”, talvez porque não sejam adeptos da teologia da libertação. A mesma “personalidade” chegou a assinar um decreto que pretendia impedir a presença de símbolos religiosos em público.

Contemporaneamente, os exemplos mais eloquentes de cruéis perseguições religiosas acorreram e ocorrem na Rússia, na China, no Camboja, na Coreia do Norte. Ali milhões de crentes, de diferentes orientações religiosas, foram e são perseguidos, pois Marx declarou que a religião “é o ópio do povo” e, consequentemente, deve ser banida.

Para demonstrar que a força da liberdade e da crença religiosa é mais forte que as sangrentas ditaduras, quem visita a Praça Vermelha, em Moscou, constata que a Catedral de São Basílio se destaca no contexto dos monumentos e dentro das muralhas do Kremlin há belas igrejas com muitas cruzes.

Depois que o gramscismo imprimiu novos rumos ao marxismo, a arte, as letras, e educação e a cultura em geral se tornaram alvos preferidos de doutrinação, forma de domínio e conquista do poder. E é neste contexto que surgem, no mundo e no Brasil, manifestações de deboche, ridicularização, agressão e vilipendio a imagens, símbolos e objetos religiosos. Estas manifestações, que alguns podem ingenuamente interpretar como expressões de liberdade artística, cultural ou de simples revolta, devem ser entendidas como ações bem planejadas e cuidadosamente postas em prática pelo novo marxismo, o gramscismo.

Os que protagonizam tais atos são ateus, marxistas, comunistas, que têm um projeto de banir, de um modo sutil, mas muito eficaz, nossa liberdade de crença e também nossa liberdade política, econômica e social.

A forma que escolheram para atingir seus objetivos é mudar nosso modo de pensar através da educação e da cultura, não através da força e das armas. Os que promovem certas exposições “artísticas”, os que em praça pública introduzem crucifixos no orifício anal, os que recomendam seja evitada a expressão Natal, que seja retirado dos livros a expressão: “ Antes e Depois de Cristo”, que seja ensinada às crianças a teoria de gênero, são marxistas, comunistas, inimigos da liberdade. Se algum dia, chegarem ao poder (não nos enganemos), agirão como os seus ídolos: Lenin, Stalin, Hitler, Xi Ginping, Castro e tantos outros. Vão roubar nossa liberdade sem usar a força e nem as armas!