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    Luiz Antonio Rizzon - larizzon@gmail.com

    Os frutos do socialismo

    Leia artigo do professor Luiz Antonio Rizzon

    3 anos atrás

O socialismo surgiu no Século XIX, a partir das teorias de F. Engels e K. Marx, prometendo criar uma sociedade igualitária, sem ricos e pobres, em que os meios de produção seriam controlados pelo Estado, a propriedade privada abolida e a Economia totalmente planejada e dirigida pelo Estado. O primeiro país que adotou este modelo foi a Rússia, em 1917.

Especialmente intelectuais, jovens, estudantes e trabalhadores, entre outras categorias, sentiram-se atraídos pela proposta que prometia resolver as  desigualdades sociais, as injustiças, as exclusões e praticamente criar um paraíso já aqui na terra.

Transcorrido mais de um século de experiências socialistas implantadas em vários países de diferentes continentes, cabe a pergunta: quais os resultados? Que frutos foram produzidos por esta doutrina política e econômica que conta com adeptos e defensores em todo o mundo, inclusive no Brasil?

Apesar dos socialistas fazerem discursos bonitos em favor dos direitos humanos, da liberdade e da democracia, o que se observa, na prática, é exatamente o contrário. Nos países em que o socialismo foi implantado, os direitos humanos, a liberdade (pessoal, econômica, política e religiosa) e a democracia foram suprimidas com extrema violência. A imprensa foi calada, os opositores perseguidos, calados, presos, fuzilados, eliminados. Segundo estudos sérios, a implantação do socialismo na Rússia, China, Camboja e Coréia do Norte matou mais de cem milhões de opositores! Sem contar os fuzilamentos no “paredon” em Cuba e seria também importante esclarecer de vez algumas mortes misteriosas ocorridas aqui no Brasil durante o governo de um presidente sabidamente socialista, disfarçado de democrata defensor dos pobres.

Como decorrência da supressão da propriedade, da livre iniciativa e a  estatização dos meios de produção com o controle estatal da economia (eliminação do lucro), desapareceu a motivação para a iniciativa, o empreendedorismo e todos passaram a ser dependentes diretos do grande pai, o Estado, que cuida de tudo. Consequentemente, a promessa de paraíso resulta em miséria generalizada. Tanto a China como a Rússia, com o tempo, perceberam isso e adotaram alguns dos princípios da liberdade econômica.

A instrumentalização dos poderes Legislativo e, especialmente, do Judiciário, é mais um fruto amargo do socialismo. Quem acompanhou a implantação do socialismo, “bolivariano” na Venezuela assistiu a um eloquente exemplo do que estamos afirmando: o Legislativo sempre aprova as leis que interessam ao governo e o Judiciário julga na mesma toada.

Muitas consequências perversas foram e são produzidas pelo socialismo, mas é imperativo lembrar de que este sistema que prega a igualdade, na verdade, gera uma classe de privilegiados super ricos, grandes magnatas, amigos do “rei”, que dão sustentação ao poder. Estes são mais iguais que o povo! Os exemplos estão aí: os magnatas russos, a riqueza dos Castro em Cuba, os privilégios dos amigos do Maduro na Venezuela. Os vultosos e favorecidos empréstimos do BNDES a alguns privilegiados empresários brasileiros tem a ver com isso? Ou qualquer semelhança é mera coincidência?