O rock – e principalmente o rock gaúcho – está sempre em alta em São Marcos. Dessa vez quem fez jus à tradição foi Fabrício Beck & Bando Alabama. A banda se apresentou no Vier Pub na última sexta-feira, 14 de fevereiro, e animou o público que lotou o pub. Fabrício já esteve no município com este projeto e também com a mais conhecida Vera Loca. Desta vez, ele se apresentou com outra novidade: contou com a parceria do baterista Robledo Rock, da banda The Beatles no Acordeon (atração no Domingão do Faustão do último dia 9 de fevereiro). “O Robledo toca comigo em outros projetos há quase 20 anos, mas agora ele veio substituir o nosso baterista que não pôde vir. Ele já conhece o repertório e nossa maneira de tocar. É um grande músico e grande amigo nosso”, contou Fabrício Beck, do Bando Alabama, em entrevista ao L’Attualità após o show em São Marcos.

Natural de Tupanciretã, Fabrício Beck justificou o apreço de tocar na Serra gaúcha por ter sido um berço para o novo projeto da banda. “Eu adoro tocar na Serra, conheci a região por turismo. Mas depois que fui morar em Porto Alegre, gravamos nosso disco e uma das primeiras cidades que acolheu foi Caxias, depois Garibaldi, Bento Gonçalves, São Marcos, Flores”, citou o músico. Por isso, ele destacou o entusiasmo de se apresentar no município e reforçou a veia da região para o rock. “A gente percebeu que essa é a região mais rock’n’roll do Estado. Então tocar aqui em São Marcos é me sentir em casa, gosto muito”, declarou o líder da banda.

Cartola no blues

O projeto de Fabrício Beck, paralelo à banda Vera Loca, já está em andamento há cerca de dois anos. O primeiro disco do Bando Alabama foi lançado em 2018, com foco no rock e blues. “No nosso show pudemos mostrar algumas músicas do disco do Bando Alabama. Nosso repertório tem clássicos do rock gaúcho, rock brasileiro também. Mas nosso lance é com o blues e folk, e em português, porque tem muita banda aqui, mas todo mundo toca em inglês”, ressaltou Fabrício, destacando alguns experimentos do grupo. “Nesse disco são todas músicas minhas, exceto ‘As rosas não falam’, do Cartola, que é uma música que eu cantava com a minha mãe quando eu era criança. É um samba, mas a gente fez uma versão bem blues e está no disco”, detalhou.

Fabrício salientou que o foco do projeto com o Bando Alabama é o blues, mas busca adaptar às preferências do público. “Nosso show é basicamente blues rock, prefiro usar essa expressão. Se vamos num teatro, tocamos só blues, mas se é num pub a gente toca um rock gaúcho também. A gente mexe o repertório e adapta”, revelou o músico, mostrando que essa característica permite que a banda se adapte a diferentes ambientes e também regiões do país. “Vamos por todo Estado, e para fora também. No ano passado tocamos no Rio de Janeiro com esse projeto, e a proposta é bacana porque conseguimos adaptar a essas situações diferentes”, finalizou Fabrício Beck.