Nesta terça-feira, dia 1º de setembro, o governo do Estado anunciou um novo calendário que prevê a retomada das aulas na Educação Infantil a partir de 8 de setembro. A proposta não se trata de uma obrigatoriedade, apenas fornece uma autorização para que os municípios retomem às aulas caso considerem pertinente para a realidade local, sendo assim, a decisão caberá a cada prefeitura. O calendário também propõe a retomada das aulas para o Ensino Superior e Médio a partir do dia 21 de setembro; Ensino Fundamental II em 28 de outubro; e Ensino Fundamental I em 12 de novembro.

De acordo com a secretária municipal de Educação de São Marcos, Tatiane Borghetti Zulian, o assunto ainda está em discussão no município e a decisão deve ser confirmada até essa sexta-feira (4). “Estamos em reuniões e em contato com outros municípios. Hoje (quarta-feira, 2) de manhã nos reunimos com o prefeito, colocamos todas as possibilidades, mas estamos aguardando um pouco mais. Amanhã (quinta-feira, 3) temos reunião com os secretários da Amesne (Associação dos Município da Encosta Superior do Nordeste) para falar sobre a volta às aulas. Vamos ver qual é a posição dos municípios da Serra”, esclarece a secretária.

Tatiane indica que a definição do novo calendário se encaminha para a possibilidade de retomada da Educação Infantil apenas para as escolas particulares em um primeiro momento. “Está todo mundo um pouco receoso ainda, então vamos ver se vamos liberar antes para particulares, porque a pressão das particulares é grande para voltar. Vamos esperar um pouco para ver como fica com as públicas. Mas ainda não tem nada decidido. Nós pretendemos até a sexta-feira dessa semana ter uma posição se liberamos para as particulares a partir do dia 8”, declara.

Pesquisa realizada pela prefeitura apontou que, em média, 56% dos pais não apoiam volta às aulas

A prefeitura de São Marcos realizou pesquisa entre os pais que possuem crianças matriculadas em escolas de Educação Infantil públicas e particulares do município para avaliar a aceitação sobre o retorno às aulas. “Fizemos uma pesquisa sobre uma possível volta no dia 31 de agosto, e tivemos mais ou menos 56% que não gostariam de voltar para a escola. Mas teve escolas específicas, como a Ternura, que é só de 4 anos, onde 85% não gostariam de voltar. De 5 anos e de 0 a 3 deu 50% mais ou menos que voltariam e não voltariam”, informa a secretária municipal de Educação.

Tatiane Borghetti reforça que, caso as aulas sejam retomadas, será obrigatório seguir uma série de protocolos, inclusive redução da capacidade. Diante da aceitação de cerca de 44% dos pais para a volta às aulas, as escolas teriam condições de atender dentro da capacidade exigida. “Fizemos essa pesquisa porque, se voltarmos, temos que trabalhar com 50% da capacidade, então já queríamos saber quantos voltariam para ver como íamos nos organizar, e vimos que a gente conseguiria atender”, avalia.

‘Não seria mais turno integral’

A Educação Infantil funciona em turno integral, mas, no novo modelo, os alunos ficariam na escola apenas durante meio turno. “O governo sugere que as crianças não fiquem mais de 4 horas na escola, então não seria mais turno integral. Dividiríamos a turma e colocaríamos metade de manhã, das 7h ao meio dia, e metade de tarde, das 13h às 18h. Então ficaria turma dividia, menos crianças e menos tempo na escola. Na pesquisa os pais também prefeririam isso”, detalha a secretária Tatiane Borghetti.