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EDUCAçãO
São Marcos se prepara para o ano letivo de 2021
Colégio Mutirão voltou às aulas nesta segunda-feira (15 de fevereiro), rede municipal irá retornar com todos os níveis até dia 18 e rede estadual tem previsão para início das atividades em 8 de março
4 anos atrás
Professores do Colégio Mutirão tiveram treinamento para retorno dos alunos nesta semana (foto: divulgação)
Parte das escolas de São Marcos já deu início ao ano letivo de 2021 e outras ainda estão em preparação para a retomada das atividades, que devem seguir com restrições e adaptações à situação da pandemia. Na manhã desta segunda-feira, dia 15 de fevereiro, o governo do Estado publicou novo decreto, que retira a norma sobre a capacidade máxima de 50% de ocupação nas salas de aula, implantada para a retomada das aulas em 2020, e passa a calcular a limitação mediante a distância entre as classes, que deverá ser de, no mínimo, 1,5 metro. A norma vale para creches, escolas e universidades do Rio Grande do Sul. Diante da nova determinação, a previsão é de que o número de estudantes que voltarão às salas de aula seja maior em relação à primeira retomada após os decretos da pandemia no ano passado.
Em São Marcos, o início do ano letivo de 2021 já aconteceu nas escolas de educação infantil do município. Cerca de 90% das crianças voltaram às atividades no dia 1º de fevereiro, em turno parcial (sendo 50% dos alunos de manhã e 50% à tarde). Os professores iniciaram os trabalhos ainda no dia 28, com formação e orientações do COE de São Marcos. A etapa seguinte na rede municipal foi o retorno com os professores do ensino fundamental, que tiveram formação nesta terça-feira (16). Já nesta quarta-feira (17) haverá palestra com Regina Shudo, de São Paulo. Será uma videoconferência com a temática “Arquitetando a Educação”. A atividade com os professores acontece anualmente para recebê-los de volta às escolas, mas desta vez o evento será apenas online.
Secretária municipal de Educação: ‘voltaremos com 90% dos estudantes’
Os alunos do ensino fundamental da rede municipal voltam à escola na quinta-feira, dia 18 de fevereiro. O retorno será de forma escalonada, com um grupo em uma semana e outro na outra, conforme a necessidade de cada turma. “Retornaremos com o modelo híbrido, através da plataforma Google Class Room. Tudo está sendo preparado com muito cuidado para que o retorno seja seguro e eficiente”, declara a secretária municipal de Educação, Tatiane Borghetti. Ela explica que todas as escolas possuem plano de contingência aprovado pelo COE e a expectativa é que mais alunos se sintam seguros para o retorno. “Também seguimos todos os protocolos definidos pelo Estado. Voltamos com as atividades presenciais em outubro do ano passado, com menos adesão dos pais, mas agora voltaremos com 90% dos estudantes”, informa Tatiane. O transporte escolar no município também volta a circular, porém com 50% da capacidade de passageiros nos veículos.
Mutirão: rede particular tem retorno com 100% dos alunos
O Colégio Mutirão Assemarcos deu início ao ano letivo nesta segunda-feira, 15 de fevereiro. A diretora Niceia Borghetti Sbabo relata que a escola passou por reformas que possibilitam o retorno de 100% dos alunos às atividades presenciais. “A escola passou por toda uma reforma, onde conseguimos deixar as salas de aula maiores pra atender todos os alunos todos dias. Com o novo decreto estadual, que a gente precisa respeitar 1,5 m de distanciamento, conseguimos receber todos os alunos”, esclarece Niceia.
A diretora informa que os pais seguem com a opção de manter o ensino híbrido, com aulas à distância, mas neste ano a adesão foi maior em relação à retomada em setembro de 2020, quando o Colégio Mutirão deu início a um retorno gradual das atividades. “Até agora estamos com praticamente todos os alunos retornando no presencial, os pais ainda têm essa opção de permanecer com os filhos em casa, mas provavelmente todo mundo volta pra escola”, assinala Niceia, defendendo a segurança dos espaços físicos da escola. “Tomando todos os cuidados, a escola é um local muito seguro, se pode ir em tantos outros lugares que não têm todos os cuidados, e a escola que tem, tem toda essa limitação. Hoje (terça-feira, 16) é o segundo dia e ainda tem algumas coisas que estamos organizando o que deu certo e o que não deu”, revela.
Niceia ressalta a importância do retorno dos alunos para a sala de aula. “É muito bom ter os alunos na escola, é bom para eles, os professores conseguem acompanhar melhor cada um, o atendimento fica muito mais pessoal, mais olho no olho, que é o que fez bastante falta no ano passado”, defende Niceia Borghetti.
Maranhão: rede estadual tem previsão de retorno para 8 de março
De acordo com a titular da 4ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE), Viviani Devalle, em 2020 a média de alunos nos encontros presenciais foi de 30%. Com a mudança do decreto estadual, que não estabelece porcentagem máxima de alunos, apenas o distanciamento mínimo, ainda não há estimativa sobre o número de alunos que deve voltar às atividades nas escolas estaduais de São Marcos. A previsão é de que o ano letivo inicie no dia 8 de março, mas não há confirmação oficial.
A diretora da Escola Estadual Maranhão, Gisele Rizzon, ressalta que as informações sobre o retorno são preliminares e as direções aguardam maior avaliação por parte do governo estadual sobre o andamento da pandemia. “As únicas informações que tivemos foi no final de janeiro, e foram informações preliminares. A coordenadora da CRE colocou que tinha que saber como as bandeiras iriam se comportar, como a progressão ou diminuição da pandemia ia se dar nesse período. Acreditamos que semana que vem haverá um movimento maior quanto a isso e vamos ter informações maiores. Ainda temos tempo, temos 15 dias de tempo hábil para estar nos preparando para o retorno”, detalha a diretora.
‘Professores estão super adaptados ao modelo híbrido’
Mesmo sem informações oficiais sobre o retorno na rede estadual, o governo indica que as atividades acontecerão no modelo híbrido, como no ano passado. De acordo com a diretora da Escola Maranhão, houve uma adaptação positiva de professores e alunos a esse novo método de ensino. “Ano passado já era no modelo híbrido, em que temos aulas presenciais e também atividades, trabalhos e aulas online. Deu certo, é um modelo novo, e como qualquer mudança, sempre tem as resistências, dificuldades, mas dá certo sim. Os professores estão super adaptados a esse modelo já. Algumas famílias mais, outras menos, às vezes por questões de recursos tecnológicos ou às vezes pela resistência mesmo”, avalia a diretora, explicando que as aulas acontecerão todos os dias, em carga horária reduzida e com escalonamento caso haja necessidade.
Gisele Rizzon reforça que ainda não é possível estimar quantos alunos devem voltar às salas de aula, já que o decreto não estabelece porcentagem. “Tem que ver como esse decreto vai ser colocado em prática para saber quantos alunos voltam. Também tem a questão de saber qual a capacidade de cada sala, porque cada uma tem uma metragem, temos que dividir a metragem pela capacidade”, declara. Ela destaca os protocolos que serão seguidos para manter a segurança dos alunos, professores e funcionários da escola. “Temos desde o ano passado encaminhado pelo COE regional todos os protocolos, tudo que precisamos fazer: distanciamento, 100% do tempo uso de máscara por todas as pessoas que estiverem dentro da escola, higienização dos pés, higienização com álcool gel, álcool gel disponível em todos os espaços da escola, aferição da temperatura na entrada do aluno, verificação se tem sintoma gripal. Antes mesmo da escola poder estar acolhendo os alunos presencialmente tinha que se ter o plano aprovado pelo COE”, informa Gisele Rizzon.