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SAúDE
São Marcos confirma 1º caso de varíola dos macacos: ‘situações que requerem maior atenção são quando há presença de 100 a 250 lesões’
Paciente do sexo masculino positivou para Monkeypox nesta quinta-feira (4) e já está em recuperação domiciliar, sendo acompanhado pela equipe da Secretaria da Saúde
2 anos atrás
Imagem apenas ilustrativa
Nesta quinta-feira, dia 4 de agosto, a Secretaria Municipal da Saúde de São Marcos confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos (Monkeypox) no município. Conforme informações coletadas pela Secretaria, trata-se de um paciente do sexo masculino e que não tem registro de viagens recentes. O exame foi coletado no último dia 2 e enviado para o Laboratório Central do Estado do RS (Lacen), de Porto Alegre, que confirmou ontem (4) o resultado positivo para a doença. O paciente está em recuperação domiciliar, sendo acompanhado pela equipe da Secretaria da Saúde. De acordo com informações da prefeitura de São Marcos, o município está “tomando todas as providências cabíveis para monitorar o paciente, seus familiares e pessoas próximas durante o período do isolamento”.
Conforme informações da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, a Monkeypox é uma doença causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez na década de 60. Primeiramente, foi identificada em macacos e, por isso, ficou conhecida como “varíola dos macacos”. Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano, no entanto, foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
Principal forma de transmissão e sintomas da varíola dos macacos
A principal forma de transmissão é por meio do contato por pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é de geralmente 6 a 13 dias, mas pode chegar a até 21 dias. Inicialmente, a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (no pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele (bolhas brancas e sólidas que parecem pústulas) costumam a surgir mais frequentemente na face e extremidades. “Inicialmente começam parecendo manchinhas vermelhas tipo mordida de mosquito, mas depois ficam mais elevadas e podem conter líquido em seu interior”, explica a secretária municipal da Saúde, Maristela Lunedo. Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
‘O tempo de isolamento do paciente vai depender da regressão total das lesões da doença’
Conforme explica a secretária municipal da Saúde, Maristela Lunedo, pacientes aguardando resultado de exames ou com resultado confirmado de varíola dos macacos devem ficar em isolamento domiciliar, utilizando máscara, mantendo ambientes ventilados e limpos, intensificando lavagem de mãos e não compartilhando objetos (toalhas, talheres, roupas, incluindo as roupas de cama). “O tempo de isolamento do paciente vai depender da regressão total das lesões da doença, então depende de cada caso. As situações que requerem maior atenção são quando há presença de 100 a 250 lesões e, casos muito graves, com mais de 250 lesões, insuficiência respiratória, alteração de consciência, alterações no fígado, dificuldade para engolir ou dor forte ao engolir, e desidratação. Quando as pessoas apresentarem isso o caso é mais complicado, mas o índice de morte é baixo”, esclarece Maristela Lunedo, salientando que a complicação poderá ser maior em pacientes imunocomprometidos.
Conforme acrescenta, contatos domiciliares sem sintomas “não precisam ficar em isolamento, mas devem manter uso de máscara e se atentar a uma boa higiene”. “Também devem observar sinais e sintomas e procurar unidade de saúde se necessário”, assinala Maristela.
Secretaria da Saúde confirma 20 casos da varíola dos macacos no RS
O Rio Grande do Sul chegou nesta sexta-feira (5) a 20 casos de varíola dos macacos (monkeypox) confirmados. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), do total, são 7 mulheres e 13 homens. O primeiro caso da doença no Estado foi registrado no dia 12 de junho. Na ocasião, era o terceiro caso do país. O Brasil já registrou uma morte em razão da varíola dos macacos.
Casos confirmados no Estado por município:
- Canoas: 2
- Caxias do Sul: 2
- Esteio: 1
- Garibaldi: 1
- Igrejinha: 1
- Novo Hamburgo: 1
- Passo Fundo: 1
- Porto Alegre: 5
- São Marcos: 1
- Uruguaiana: 1
- Viamão: 3
- Residente de fora do Estado 1