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    SAúDE

    VACINAçãO CONTRA A GRIPE

    São Marcos atinge meta de vacinação contra a gripe

    Em São Marcos, 6.378 pessoas foram vacinadas e ainda há doses em algumas unidades de saúde. Centro Estadual de Vigilância em Saúde divulga dados sobre a gripe no Rio Grande do Sul, registrando cinco óbitos nesse ano

    5 anos atrás

    Há doses disponíveis na ESF Doncatto e no posto de saúde central (Foto: divulgação prefeitura)

Com o prolongamento do prazo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, São Marcos conseguiu atingir a meta de vacinação. Até esta quinta-feira, 6 de junho, foram vacinadas 6.378 pessoas, representando 90,03% dos grupos de risco. O total de pessoas integrantes dos grupos prioritários é de 7.084 pessoas. Foram vacinadas 1.067 crianças (85,43%), 500 trabalhadores de saúde (102,67%), 164 gestantes (96,47%), 32 puérperas (114,29%), 2.636 idosos (98,39%), 253 professores (121,63%), 1.686 portadores de doenças crônicas (74,50%), 40 bombeiros e policiais civis e 727 pessoas com doenças crônicas.

Bruna Gonçalves, coordenadora da Vigilância em Saúde de São Marcos, ressalta a importância dos cuidados, principalmente para os grupos mais afetados pelo vírus. “Os maiores casos de gripe são de crianças e idosos, que são os grupos que a gente sempre ressalta nas campanhas, para que façam a vacinação. Eles precisam receber a vacina, pois são mais frágeis”, reforça. Ela informa que ainda há doses da vacina disponíveis. “No ESF Doncatto tem algumas doses, mas são poucas. E nos postos de saúde ainda tem para a população de risco”, informa. Durante esta semana, o município recebeu mais 500 doses, e ainda não há confirmação se o Estado poderá distribuir mais doses.

Boletim enviado pelo governo Estadual informa cinco óbitos por Influenza

Nesta semana, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) divulgou boletim sobre os casos de Influenza registrados até o início de junho no Rio Grande do Sul. O documento ressalta que as investigações sobre casos de gripe iniciam a partir da notificação de internações hospitalares por Síndrome Respiratória Aguda Grave, o SRAG. Esse tipo de caso é caracterizado por quadro de febre, acompanhada de tosse, dor de gargante e, por vezes, dificuldade respiratória ou desconforto respiratório. A partir desses registros, inicia-se a investigação para verificar se pode se tratar de Influenza. Neste ano, foram notificados 865 casos de SRAG, sendo que 6,1% foram caracterizadas como SRAG pelo vírus Influenza. Entre estes, 62,7% eram de Influenza A (H1N1), 28% H3N2 e 4,65% para Influenza B.

Em todo o Estado, já foram confirmados 43 casos de Influenza, sendo registrados cinco óbitos. As confirmações ocorreram em 21 municípios, sendo que a Região Metropolitana se destaca com maior índice. E os óbitos foram em Sapiranga, Três Coroas e Barra do Ribeiro. O boletim compara os registros do mesmo período do ano passado, e mostra que os casos diminuíram. Em 2018 foram 84 casos de Influenza, sendo oito óbitos até o mês de junho. A Vigilância em Saúde de São Marcos informa que no município não é feito o levantamento da SRAG, já que este serviço é feito em apenas alguns municípios do Estado. Em São Marcos, até o momento, foi registrado apenas um caso confirmado de H1N1, que já concluiu o tratamento. E há, ainda, um caso em análise, que foi coletado de paciente internado, com Síndrome Respiratória.

No final de maio, os registros de síndromes respiratórias aumentaram, o que aponta para uma maior sensibilidade da vigilância neste período de início do inverno. O boletim informa que após o ano pandêmico, em 2009, o Influenza A (H1N1) circulou com maior frequência nos anos 2012 e 2013. Nos dois anos seguintes, 2014 e 2015, o vírus Influenza predominante foi o Influenza A (H3N2). Em 2016, novamente, o Influenza A (H1N1) voltou a ser o principal agente. Em 2017, o predomínio foi do A (H3N2) que ultrapassou o padrão de circulação dos anos de 2014 e 2015. Em 2018 o predomínio foi do Influenza A (H1N1) e a previsão para 2019 é o predomínio do mesmo vírus influenza novamente.

Fatores de risco: ‘paciente precisa buscar atendimento’

O boletim divulgado pelo Cevs mostra que maioria dos casos confirmados para Influenza (62,8%) apresentavam pelo menos um fator de risco. A condição de risco mais frequente foi ter menos de 6 anos e mais de 60 anos, grupo inserido na população alvo da Campanha de Vacinação contra a Influenza. Em relação aos óbitos, 100% apresentavam pelo menos um fator de risco. Parte deles tinham mais de 60 anos ou pelo menos uma comorbidade, sendo que a de maior frequência foi a imunodepressão (40%).

Além da vacinação, Bruna reforça que é imprescindível que pessoas doentes procurem atendimento médico para verificar o possível quadro de Influenza. “Em caso de quadro gripal que não apresenta melhora, o paciente precisa buscar atendimento o quanto antes. Em casos de falta de ar, vômito, tem que atentar para os sinais de alerta, principalmente os grupos de risco”, pontua.