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    São Marcos aguarda chegada de 300 testes rápidos para coronavírus

    Ministério da Saúde enviará cerca de 160 testes para São Marcos e município adquiriu a mesma quantidade, com recursos próprios. Testes foram adquiridos da China e estão com atraso na entrega

    5 anos atrás

    COE (Centro de Operações de Emergência) não está aberto em São Marcos neste feriado e final de semana

A Secretaria Municipal de Saúde de São Marcos recebeu resultado negativo de mais um teste para coronavírus (covid-19) nesta quinta-feira, dia 9 de abril, e aguarda, sem prazo definido, o resultado de exames de outros dois pacientes. Até o momento são 6 casos negativos e nenhum caso da doença registrado ainda no município. Atualmente, estão em monitoramento 112 pessoas, em isolamento domiciliar com o acompanhamento do COE (Centro de Operações de Emergência). Tratam-se de 39 pacientes com sintomas gripais e 73 que estão em isolamento por serem contactantes/residirem no mesmo domicílio. A secretária municipal de Saúde, Cristiane Castilhos, revela que diminuiu o número de pessoas sendo monitoradas. “Talvez diminuiu porque abrimos a unidade do COE para atendimentos médicos de síndrome gripal (nas instalações do futuro Centro de Atenção Psicossocial – Caps, no bairro Francisco Doncatto), onde é feita a seleção e verificamos os pacientes que estão com algum sintoma suspeito”, aponta Cristiane.

Conforme revela, na unidade do COE ainda não são realizadas coletas dos pacientes para exames de coronavírus. “Só vamos começar a realizar coletas a partir do momento em que recebermos os testes rápidos de coronavírus”, destaca a secretária de Saúde, informando que o município deverá receber em torno de 300 testes rápidos. “O Ministério da Saúde comprou 8 milhões de exames, distribuiu para os Estados e cada Estado vai distribuir para os municípios uma quantidade proporcional à população de cada um. São Marcos vai receber cerca de 160 testes do Ministério da Saúde, mas o município também adquiriu essa mesma quantidade de testes com recurso próprio, então, somando, dá mais de 300 testes”, explica Cristiane Castilhos.

Testes rápidos para coronavírus adquiridos da China devem chegar em São Marcos no final de abril

Conforme detalha, cada teste rápido adquirido pelo município custou cerca de R$ 150. “A previsão era para os testes chegarem até metade do mês, mas, como houve um problema com a China, porque a empresa fornecedora dos testes é de lá, ainda vai até o final do mês de abril para recebermos. Estávamos tentando comprar testes rápidos já faz um tempo, mas até então não tínhamos quem realizasse a entrega. No momento em que conseguimos, já fizemos o pedido, há um mês”, conta a secretária municipal de Saúde de São Marcos.

Cristiane Castilhos salienta a importância dos testes rápidos de coronavírus. “Quanto mais teste fizermos, mais vamos saber qual é a realidade do nosso município. Porque é difícil de sabermos fazendo só a triagem, já que tem muitos pacientes que são assintomáticos e não procuram atendimento”, observa.

Atendimentos de síndrome gripal estão sendo realizados no Hospital São João Bosco neste feriado e final de semana

Nesta Sexta-Feira Santa, dia 10 de abril, e neste final de semana (dias 11 e 12) os atendimentos médicos de síndrome gripal em São Marcos estão sendo realizados no Hospital São João Bosco e não na unidade do COE. “Temos contrato com o Hospital, que diz que, em feriados e finais de semana, quem realiza os atendimentos da Secretaria Municipal de Saúde é o Hospital, e não podemos pagar em duplicidade. Mas não haverá problema, porque temos feito poucos atendimentos na unidade do COE e não tem nada de anormal até o momento. Não temos um grande número de pacientes e o Hospital está preparado, tem os profissionais para realizar o atendimento. Inclusive possui o Centro Médico Dr. Rosa, onde eles também fazem o atendimento, mas, como estavam com um número muito reduzido de atendimentos, concentraram todas as consultas no ambulatório. Não há muitos pacientes, porque o pessoal tem evitado ir consultar, já que temos pedido que venham somente quando realmente precisa”, ressalta a secretária municipal de Saúde de São Marcos, Cristiane Castilhos. Conforme acrescenta, a Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando com número de profissionais reduzido. “No COE abre às 7h30 da manhã, com intervalo de uma hora ao meio dia, e fecha às 19h30, então estamos com poucos profissionais também. Temos afastados profissionais de saúde acima de 60 anos ou que possuam comorbidades. Inclusive, se tiver profissionais que se disponibilizem a atuar como voluntários, aceitamos, porque assim podemos manter a estrutura aberta por mais tempo”, assinala Cristiane Castilhos.

Dirigente do Hospital São João Bosco: ‘O atendimento no COE deveria permanecer no final de semana, pois senão irão perder 3 dias de dados sobre o coronavírus’

A farmacêutica e dirigente do Hospital São João Bosco, Aline Brochetto, confirma que realmente o fluxo de atendimento neste feriado de Sexta-Feira Santa, 10 de abril, no ambulatório do Hospital, foi baixo. “Hoje pela manhã e também pela tarde o movimento no Pronto Atendimento do Hospital São João Bosco esteve tranquilo, mas penso que, como montaram uma equipe e um centro de triagem, o atendimento no COE, no bairro Francisco Doncatto, deveria permanecer no final de semana e o PA do Hospital atenderia os demais pacientes sem quadro gripal, pois senão como irão fazer o monitoramento? Irão perder 3 dias de dados sobre o coronavírus”, opina Aline.

Farmacêutica Daniela Trevisan: ‘Se eles separam os atendimentos durante a semana, porque misturar no final de semana?’

Em mensagem enviada ao L’Attualità, a profissional de saúde do Laboratório São Marcos, farmacêutica Daniela Trevisan, se mostrou preocupada com a parada do atendimento do COE para quadros gripais durante o feriado e final de semana. “Se eles separam os atendimentos durante a semana, por que misturar no final de semana? Tudo bem que tem um contrato, que o Hospital tem que atender nos finais de semana e feriado, mas estamos vivendo uma exceção! No ambulatório tem mãe e filho, idoso querendo fazer um curativo, não tem como separar os atendimentos lá, uma pessoa com sintomas respiratórios contamina todo mundo que está esperando na sala de espera”, observa Daniela.