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    Preço mínimo da uva sobe 19% para safra 2021/22: ‘um dos maiores aumentos dos últimos anos’

    Novo preço mínimo da uva para a safra 2021/2022, fixado em R$ 1,31, representa um aumento de 19% em comparação com o valor estipulado para a última safra

    3 anos atrás

No Diário Oficial da União desta terça-feira, dia 30 de novembro, foi publicado o novo preço mínimo da uva para a safra 2021/2022, fixado em R$ 1,31. O valor representa um aumento de 19% em comparação com o valor atual, de R$ 1,10/kg. O reajuste é válido para os Estados da região Sul, Sudeste e Nordeste para a uva destinada à fabricação de suco, vinho e outros derivados (com 15º glucométricos), informa o Ministério da Agricultura.

‘Nunca ganhamos 19% de aumento’

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de São Marcos, Sandra Meneguzzo – que integrou a comitiva gaúcha de viticultores que esteve em Brasília, no mês de outubro, para reivindicar que o preço mínimo da uva cobrisse, pelo menos, o custo de produção, de R$ 1,34 – aponta que o reajuste é um dos maiores dos últimos anos. “Nosso custo de produção seria R$ 1,34 e nosso objetivo era alcançar uma porcentagem um pouco maior, mas acredito que veio um valor bem bom, comparando com os últimos anos. Ano passado aumentou 2 centavos e esse ano tivemos 19.9% de aumento. Nós presidentes dos sindicatos acreditamos que foi um dos maiores aumentos dos últimos anos, porque nunca ganhamos 19% de aumento. Então, houve um olhar bem diferenciado para essa questão”, comenta Sandra Meneguzzo.

‘Esse valor de R$ 1,31 é o preço mínimo, depois pode haver uma negociação do agricultor com a empresa’

A presidente do Sindicato salienta que a conquista não é apenas dos sindicatos, mas também dos agricultores. “A nossa luta, com a ajuda dos deputados, o apoio à nossa reivindicação, na nossa ida à Brasília, com certeza foi positiva. Nós estávamos correndo o risco de não ganhar essa porcentagem de reajuste. Podia ficar nos 10% de aumento, então acreditamos que foi bem positivo”, assinala Sandra Meneguzzo.

Ela ressalta, contudo, que o agricultor merecia um preço mínimo maior para a safra da uva. “O agricultor mereceria mais, a gente sabe que aumentou muito o custo de produção, dos insumos. Mas esse valor de R$ 1,31 é o preço mínimo, depois pode haver uma negociação do agricultor com a empresa. Se negociarmos, conseguimos um valor maior. A uva Bordô, por exemplo, sempre ganha mais que o preço mínimo. A que bate um pouco o preço mínimo é a variedade Isabel, que eles deixam meio afixada, porque é bastante quantidade”, cita Sandra Meneguzzo.