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    Volnei Ampessan - volneiampessan@gmail.com

    O ‘capitalismo opressor’ e a liberdade

    Leia artigo do contador são-marquense Volnei Ampessan

    3 anos atrás

O sistema capitalista começa a dar seus primeiros sinais de existência no século XV, com o enfraquecimento do sistema feudal, que era baseado na troca de produtos. Com o surgimento da moeda, surge então o comércio, estruturado no trabalho livre e assalariado. Nesse primeiro momento ainda não havia industrialização, porém a Revolução Industrial iniciada em 1760 trouxe as primeiras máquinas à vapor e o início de uma fase de aumento da produtividade e diminuição dos valores das mercadorias.

Por outro lado, as condições de trabalho da época eram precárias, o que trouxe à tona as teorias marxistas, segundo a qual o “capitalismo opressor” deveria ser substituído pelo comunismo ou socialismo. Para que isso ocorra, é necessária a intervenção do Estado na economia, a extinção da propriedade privada e aos poucos minar a diferença entre as classes sociais. A ideia parece tentadora, mas a história mostra que o resultado é quase sempre a pobreza e as ditaduras, onde as pessoas não tem mais liberdade na condução de suas vidas. (recomendo a leitura de “1984” – George Orwell). Vale também estudar um pouco sobre os regimes totalitários (não somente socialistas) mais conhecidos que causaram verdadeiros genocídios como Lenin, Stálin, Mao Tsé-Tung, Mussolini, Hitler, entre outros. A Coréia do Norte é um exemplo atual de como um ditador pode subjugar as pessoas em nome do “coletivo”.

A ideologia de Marx e Engels, defendia a “luta de classes”, condenando as religiões, a estrutura de família, as liberdades individuais. Para quebrar as estruturas de classes é preciso opor: empregados contra patrões, homens contra mulheres, ricos contra pobres, negros contra brancos e homossexuais contra heterossexuais. Outra famosa ideia defendida por Marx é a comunidade total dos bens, em que nada seria de ninguém, tudo seria de todos. Mas na história da humanidade, isso não se verificou, porque cada homem se dedica mais ao que é seu e não vê razão em outros gozarem de um fruto pelo qual não trabalharam. As pessoas querem fazer as suas escolhas, sem a tutela do Estado.

O italiano Antonio Gramsci que testemunhou os extremos totalitários de Stalin e Mussolini, trouxe pensamentos alternativos ao marxismo, culturais e intelectuais, buscando a conquista das mentes para depois conquistar o poder. É inegável a contribuição desses e outros movimentos para a moderação do poder vigente nesse período, mas sempre houve e sempre haverá um preço a pagar: As restrições às LIBERDADES INDIVIDUAIS (sim, o Estado vai controlar você).

O sistema capitalista de fato tem seus defeitos, mas a história também mostra que graças ao capitalismo, pela industrialização, houveram as evoluções tecnológicas que ajudaram as pessoas, principalmente no último século à ter maior qualidade e tempo de vida. A expectativa de vida dos brasileiros na década de 1940, por exemplo, era de 45 anos. Todas as descobertas da medicina dependeram do investimento pesado de capital. A sua roupa, o seu celular, seu instrumento musical, sua moto, seu carro, tudo isso é fruto direto da evolução através do capital, sem grandes intervenções estatais através do livre mercado.

Os defensores do socialismo passam uma ideia perfeita do mundo e da vida, porém não explicam como colocá-las em prática sem um sistema capitalista por trás. Um exemplo está na CHINA, que afundada na pobreza extrema de sua população sobre um regime socialista, desde os anos 70 vem implantando o sistema capitalista de Estado (mescla de socialismo com capitalismo). De lá para cá, houve uma rápida ascensão do sistema industrial e da qualidade de vida da população. Para que esse sistema híbrido funcione, o Estado controla as pessoas. O partido impõe uma enxurrada de regulamentos dizendo ao povo chinês, especialmente à geração mais jovem, como viver sua vida cotidiana.

Livro indicado pelo contador Volnei Ampessan

O Brasil hoje flerta com o capitalismo de Estado. É preciso valorizar A LIBERDADE de ir e vir, de vestir, de falar, de crença, de pensamento, ou apostar no desconhecido e pagar para ver.

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