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SAúDE
Novos pediatras já atendem em São Marcos
Médicos Alexandre Orozimbo Gomes e Michelli Flores Silva estão atendendo em consultório e no Hospital São João Bosco desde o dia 1º de janeiro. Além dos atendimentos particulares ou por convênio, o casal também fará atendimento de emergência pelo SUS
6 anos atrás
Pediatras Michelli e Alexandre se mudaram para São Marcos com a filha Alexia, de 1 ano
São Marcos iniciou 2019 com dois novos médicos à disposição da comunidade. Os pediatras Alexandre Orozimbo Gomes, 30 anos, e Michelli Flores Silva, 36 anos, residiam em Caxias desde 2013, e mudaram-se para São Marcos no final de 2018. Desde o último dia 1º de janeiro, os médicos estão atendendo em consultório do Hospital São João Bosco, no antigo prédio das Irmãs de São José (futuro Centro Médico São José), localizado em frente ao Pronto-Socorro do Hospital. No mês de dezembro, São Marcos possuía apenas um pediatra (Dr. Paulo Pessini) atendendo por convênio com plano de saúde. Agora, o casal Alexandre e Michelli atende pelos convênios Unimed, Fátima e Círculo, além de fazer atendimentos de urgência e emergência pelo SUS e acompanhamentos de partos no São João Bosco. Os atendimentos no consultório acontecem diariamente, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Alexandre, natural de Minas Gerais, e Michelli, de Jaguarão (RS), já revelaram ao L’Attualità algumas diferenças percebidas em relação a outros municípios onde atuaram. “Ainda não conhecíamos São Marcos. Foi uma diferença muito grande, quando chegamos foi muito legal. Na maioria dos hospitais a classe médica é muito fechada, eles não aceitam muito bem novas pessoas no quadro clínico da cidade. Então viemos com a expectativa de ser assim aqui também, mas chegando aqui foi o contrário. Porque o pediatra da cidade (Paulo Pessini) nos mostrou o consultório, nos ajudou a procurar um apartamento, e o Seu Rogério (Soldatelli, diretor do Hospital São João Bosco) foi super acessível, buscou nos atrair para a cidade”, conta Alexandre. O que também se tornou um benefício para o casal foi a possibilidade de trabalharem juntos, dividindo o consultório e os atendimentos, já que Michelli também atua no Hospital Geral, em Caxias, e Alexandre no Hospital São Carlos, em Farroupilha. “Estamos no consultório todos os dias, e conseguimos trabalhar juntos. A primeira consulta pode ser comigo, depois o retorno pode ser com ela. Então às vezes tem eu e às vezes ela e nós complementamos nossos atendimentos através de um sistema (software) de gestão que temos”, explica Alexandre.
O casal também precisa distribuir os horários para ficar com a filha Alexia, de 1 ano de idade. Por isso, um deles sempre estará no consultório de São Marcos dentro dos horários estabelecidos. “Não temos interesse de ficar os dois no consultório e deixar a nossa filha em casa. Então, se tem um atendendo, o outro está em casa”, comenta Michelli. Os médicos se conheceram na Fundação de Apoio Universitário (FAU), de Pelotas, ainda quando Alexandre estava cursando a graduação e Michele fazendo sua residência médica. “Eu queria fazer pediatria e ela já era pediatra, foi uma coincidência, começamos como amigos, depois começamos a namorar e estamos casados há 6 anos”, revela Alexandre. No dia a dia do casal a pediatria é assunto “24 horas”. “Em casa estamos sempre trocando ideia. Eu sou mais prático e mais pé no chão, ela também é pé no chão, mas ela é a estudiosa. A Michelli estuda muito e comenta comigo. É um complemento”, observa Alexandre.
‘O paciente precisa ter proximidade’
O casal de médicos conta que estava morando em Caxias do Sul, mas decidiu se mudar para São Marcos para criar a filha. “O principal motivo de decidirmos vir para São Marcos foi a criação de nossa filha. Nós construímos nossa vida para ficar em Caxias, mas a ideia agora é focarmos em São Marcos em definitivo”, revela Michelli Flores. A pediatra destaca que os pacientes são-marquenses gostam de se sentir próximos e conhecer seus médicos. “Tem pessoas que vêm para a consulta e percebemos a satisfação em vir à consulta. Trabalhamos em outras cidades e vimos que a população não é tão boa quanto aqui em São Marcos. Tem gente que diz: ‘Ah, só vim conhecer vocês’. O que nos gratifica são pequenas coisas. O paciente precisa ter proximidade. E estando em Caxias nós não conseguiríamos dar tanta atenção para os pacientes daqui. Então tivemos que nos desligar de lá e viemos para cá”, detalha a médica.
Michelli Flores Silva possui graduação em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (2007). Em 2012/2013 iniciou Programa de Residência Médica, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Programa de Pediatria e, em 2014/2015, na Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Já Alexandre Orozimbo Gomes é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Pelotas (2013) e possui Residência em Pediatria pela Universidade Federal da Fronteira Sul (2016), de Passo Fundo. Trabalhando há 3 anos na UTI pediátrica do Hospital Geral, os pediatras têm ampla experiência com pacientes em estado grave. “Já trabalhamos também no Hospital Burueri em São Paulo e a Michelli tem experiência no acompanhamento do serviço de UTI pediátrica do Hospital Albert Einstein (SP)”, revela Alexandre.
Na segunda semana atendendo em São Marcos, Michelli Flores já lidou com uma situação de emergência no Hospital São João Bosco. “Uma criança de 10 anos estava em coma quando cheguei e tive que colocar no respirador. Não tínhamos um diagnóstico já firmado, mas eu tive todo o recurso que eu precisava no Hospital para fazer os primeiros procedimentos. E ela foi transferida para a UTI do Hospital do Círculo”, relata a pediatra. Michelli destaca que para o casal é uma experiência nova trabalhar com a prevenção através do consultório. “Como temos muita experiência tratando de doenças nos hospitais, a novidade para nós está sendo o consultório”, pontua a médica.