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    Jaqueline Benato é a nova diretora de Assistência Social: ‘aumentou procura por cestas básicas durante a pandemia’

    Em São Marcos, desde o retorno do vereador Vinícius Pedroso para a Câmara de Vereadores, é Jaqueline Romani Benato, de 25 anos, quem lidera a Secretaria Municipal de Assistência Social. Durante a pandemia mais de 420 trabalhadores informais foram auxiliados para receber benefício de R$ 600

    4 anos atrás

    Jaqueline Romani Benato tem 25 anos e assumiu o cargo de diretora no dia 30 de março

Desde o dia 1º de abril a Diretoria de Assistência Social de São Marcos tem uma nova representante. Com a volta do secretário Vinícius Pedroso para a Câmara de Vereadores, Jaqueline Romani Benato ocupou o cargo de diretora da pasta. Ela trabalhava na Secretaria desde 2018, no setor administrativo, sendo responsável pelo RH e compras. Agora, com 25 anos, ela lidera uma equipe de 12 pessoas (quatro assistentes sociais, três psicólogas, uma auxiliar administrativa, uma responsável pelo Cadastro Único e três recepcionistas, do Creas, Cras e da sede). “Eu trabalhava anteriormente na Secretaria de Saúde como recepcionista e vim pra Assistência Social quando o Vinicius assumiu a secretaria. Com a saída dele, como eu já acompanhava desde o início da caminhada do Vini como secretário, já conhecia os fluxos, a administração me convidou para assumir a diretoria”, relata Jaqueline.

Ela revela que a nova função não lhe trouxe muitas novidades, mas confessa que lançou um grande desafio. “Eu já conhecia o trabalho, então não é muita novidade. Mas é um desafio novo, principalmente na Assistência Social, devido à questão da vulnerabilidade social. Eu estou aqui para fazer o melhor que eu puder pensando na população, e ajudando o município a crescer”, declarou a nova diretora da Assistência Social do município. Entre as atividades desenvolvidas diariamente na pasta, ela cita os trabalhos com outras entidades que estão sob responsabilidade da Assistência Social, como o Centro de Convivência Sol Nascente, no bairro São José (que atende a 65 crianças de 6 a 14 anos de idade) e o abrigo Casa Mãe Rainha (atualmente com uma criança e um adolescente atendidos).

Jaqueline destaca que o atendimento às famílias em vulnerabilidade social é realizado em conjunto com outras organizações, como o Conselho Tutelar e o Ministério Público. De acordo com ela, quando necessário, a Assistência Social faz o encaminhamento também de crianças que possuem pais usuários de drogas, por exemplo. “Algumas coisas chegam até nós e a gente faz o acolhimento pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), depois temos atendimento com psicólogas e elas tomam as medidas. O Conselho Tutelar trabalha em conjunto se for preciso. É tudo uma rede”, explica.

Assistência Social tem nova rotina de trabalho devido ao Covid-19

Com a pandemia do coronavírus também os trabalhos na Diretoria Municipal e Assistência Social sofreram alterações e têm novas demandas. A partir do anúncio do governo federal de fornecer auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, a equipe passou a auxiliar as famílias a fazerem o cadastramento para receber o benefício. “Agora, pela questão do enfrentamento do Covid-19, nosso trabalho está concentrado em ajudar a população a fazer o requerimento do auxílio emergencial liberado pelo governo. Temos um grande número de trabalhadores informais no município, mas a população está encontrando dificuldades para fazer o cadastro e estamos auxiliando”, relata.

Mais de 420 cadastros feitos pela Secretaria para receber o auxílio de R$ 600 em São Marcos

Jaqueline detalha que a maior dificuldade encontrada pela população é o cadastramento em aplicativos e utilização do celular. “É um pouco burocrático, precisa de um aparelho Android ou iOS para fazer o requerimento, porque ele solicita algumas informações e precisa baixar alguns aplicativos. Pode fazer via site, mas, se a pessoa não tiver uma conta no nome do requerente, é criada uma poupança digital, então pra isso precisa o aplicativo”, explica. Segundo Jaqueline, até o momento a equipe da Assistência Social já realizou cerca de 420 atendimentos em formato de agendamento desde o anúncio da liberação do benefício, no dia 7 de abril.

Outro trabalho afetado pela pandemia do Covid-19 é no Centro de Convivência Sol Nascente. Com as atividades suspensas, os profissionais serão remanejados para outros trabalhos dentro da Assistência Social. “Lá as atividades estão suspensas e as monitoras entraram em férias e retornam dia 24. Elas serão remanejadas para trabalhar aqui na Assistência Social, para nos ajudar na demanda que temos aqui”, relata.

Cestas básicas buscam suprir necessidade de famílias com crianças que iam para escolas

Um dos principais trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Assistência Social de São Marcos é o levantamento de dados de famílias que, de fato, se encontram em situação de vulnerabilidade social. Este trabalho também é feito em conjunto com outra entidade do município. “Temos parceria com as Irmãs, do Projeto Margarida, a gente entra com a parte técnica para dar um parecer e elas recebem os alimentos e fazem a distribuição das cestas básicas”, informa a nova diretora de Assistência Social, Jaqueline Romani Benato, explicando que o trabalho da Assistência Social, neste caso, consiste em uma triagem das famílias necessitadas. “É feito estudo da família para ver se elas se encontravam mesmo em vulnerabilidade social. Constatado isso, fazemos atendimento em grupo e individualizado para encaminhamento posterior para as irmãs. A gente dá o papel e a pessoa vai lá para retirar a cesta básica”, detalha a diretora.

Diante da pandemia do coronavírus, a listagem de pessoas que necessitam cestas básicas amentou. “Muitas famílias estão chegando novas, que não estavam antes, que tinham emprego e não precisam de cesta básica, agora precisam”, lamenta Jaqueline. De acordo com ela, em 2019 foram distribuídas ao longo do ano 291 cestas para famílias distintas que residem em São Marcos, mas neste ano o número deve aumentar.

Ela ressalta que as cestas buscam suprir, principalmente, a necessidade de famílias com crianças que se alimentavam nas escolas ou creches, que agora estão com as atividades suspensas. “As cestas básicas que temos em parceria com as Irmãs são principalmente para essas famílias, que geralmente têm crianças que iam para a creche, escola. Agora, como estão suspensas as aulas, as cestas básicas buscam manter a alimentação dessas crianças. Mas não é só para essas famílias”, informa Jaqueline Benato.