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    Inscrições para curso de italiano iniciante na Speakeasy encerram em agosto: ‘aulas online são preferência dos alunos’

    Grupo sênior do curso de conversação em italiano da Speakeasy é destaque na escola, com “sala de aula invertida”, onde alunos escolhem juntos com o professor os assuntos que serão estudados

    2 anos atrás

    1º encontro da turma do curso de conversação em italiano da Speakeasy depois do início da pandemia

Na Speakeasy Escola de Idiomas, em São Marcos, as inscrições para o curso iniciante de língua italiana no segundo semestre do ano encerram no próximo dia 10 de agosto. Para os níveis iniciantes, a Speakeasy firmou parceria com a Avergs (Associação Vêneta do Rio Grande do Sul), e iniciará nova turma no dia 11 de agosto. As aulas são realizadas online e ao vivo. “Esse curso vai acontecer nas quintas-feiras, com uma professora brasileira que está residindo na Itália. É uma possibilidade diferente de ter aula com um professor que está lá vivenciando toda essa cultura. Mas tem também outros horários, com aulas presenciais na Avergs, em Caxias do Sul. E na Speakeasy tem grupo presencial de nível A1+ e A2”, destaca a sócia-proprietária da Speakeasy Escola de Idiomas, Mônica Scodro.

Conforme explica, a parceria com a Avergs busca atender a alta demanda de cursos de italiano. “Em função da procura por novos cursos de idioma e da dificuldade de encontrarmos professores com disponibilidade, a nossa parceria é para poder oferecer às pessoas maior possibilidade de horários de cursos de italiano. Hoje existe uma demanda bem grande para estes cursos e uma das razões é em função da cidadania italiana, porque, quando ela é adquirida pelo matrimônio, é necessário fazer uma prova de nivelamento e comprovar o nível B1 de italiano”, informa Mônica. Interessados podem entrar em contato através dos telefones (54) 3291.2650 e (54) 99143.2903 (WhatsApp) ou diretamente na Speakeasy (localizada na Rua Padre Feijó, número 843, no centro de São Marcos).

‘Com o retorno das aulas presenciais, a maioria dos grupos de italiano permaneceu online, em função da comodidade’

Conforme revela Mônica Scodro, os cursos de italiano da Speakeasy estão sendo realizados, em sua maioria, de forma online, desde o início da pandemia, e permaneceram neste modelo, mesmo após o retorno das aulas presenciais, por escolha dos próprios alunos. “No momento da pandemia, em março de 2020, quando vieram as restrições de isolamento, todos os grupos da Speakeasy passaram a ter encontros através dos aplicativos de vídeo-conferência. A Speakeasy desde a primeira semana encaminhou para os alunos um passo a passo de como instalar o aplicativo e, através da nossa secretaria, sempre foi dado um suporte. Mas depois, com o retorno das aulas presenciais, a maioria dos grupos de italiano permaneceu online, em função da comodidade. Foi uma preferência deles. A escola até ofereceu para todos voltarem presencialmente, mas foi respeitado a opção deles, para evitar o deslocamento dos professores e por terem se adaptado a esse formato e as vantagens que há na aula online. Lembrando que não é uma aula gravada, são vídeo-conferências, com áudio e vídeo, e com interação no momento da aula”, ressalta Mônica Scodro.

Conforme relembra Mônica Scodro, o primeiro curso de italiano oferecido pela Speakeasy foi no ano de 1995. O professor era um italiano que residia em Bento Gonçalves e vinha semanalmente a São Marcos ministrar as aulas. “Depois a escola teve parceria com a Avergs, durante alguns anos, e os professores vinham de Caxias do Sul”, comenta Mônica. Conforme detalha, antes da pandemia, todos os níveis do curso de língua italiana eram concentrados nas terças-feiras na Speakeasy. “Tínhamos curso no horário vespertino e à noite. E, como nós temos professores que residem em Ana Rech, eles vinham e davam duas aulas, uma em seguida da outra. Uma professora dava aula para os níveis iniciantes e outra o curso de conversação. São 4 anos para atingir o nível da conversação no curso de italiano, então temos o nível A1, A2, B1 e B2  e, a partir do B2, o pessoal faz o curso de conversação”, explica a sócia-proprietária da Speakeasy Escola de Idiomas.

Curso de conversação em italiano: ‘é interessante e a aula enriquece, em termos de aprendizado, de cultura’

Conforme acrescenta, o objetivo do curso de conversação é que os alunos possam falar mais o idioma aprendido. “Aplicar aqueles conteúdos aprendidos, as regras, a gramática, a estrutura do idioma. Esse curso de conversação não tem limite de tempo, tem pessoas que fazem já há muitos anos. Ele fica como uma manutenção do idioma para não cair no esquecimento, para ter a prática, e também porque é interessante e a aula enriquece, em termos de aprendizado, de cultura”, assinala Mônica Scodro. Conforme revela, a Speakeasy conta atualmente com 4 turmas de italiano, em todos os níveis, sendo apenas o nível 1 com aulas presenciais.

Grupo de conversação e cultura italiana é destaque: ‘poderia virar um case de sucesso’

1º encontro da turma do curso de conversação em italiano da Speakeasy depois do início da pandemia
1º encontro da turma do curso de conversação em italiano da Speakeasy depois do início da pandemia

De acordo com Mônica Scodro, a Speakeasy Escola de Idiomas possui alunos desde 12 até mais de 80 anos de idade cursando italiano, contudo, um grupo sênior, formado por alunos veteranos da escola, tem se destacado. “São alunos já antigos da Speakeasy, eles já são ‘patrimônio’ da escola, digamos assim. Já passaram por vários professores, mas permanecem. É um grupo pequeno, de 5 alunos, e eles são o grupo da conversação e cultura italiana. Não são todos os alunos da terceira idade, mas a maioria sim. Eles já são mais velhos, mas são um grupo muito ativo. E isso me surpreendeu, acho que poderia virar um case de sucesso. Porque eles se adaptaram tão bem às aulas remotas, tanto que naturalmente surgiu a possibilidade de fazer uma ‘sala de aula invertida’, onde o professor e os alunos escolhem juntos o que eles gostariam de estudar”, detalha Mônica.

Conforme acrescenta, os próprios alunos do curso de conversação pesquisam tópicos para serem estudados. “Eles já vinham estudando, mesmo no momento presencial, as diferentes regiões da Itália e as características culturais, de gastronomia, atrações turísticas, os monumentos de cada região. E eles mesmos foram procurando outros tópicos para serem estudados. Então eles fazem um sorteio de determinados aspectos culturais daquela região e cada aluno vai, durante as aulas, fazer a sua apresentação, trazer a sua fonte de pesquisa, trazer imagens. Muitas vezes eles fazem planejamentos de onde eles gostariam de visitar na Itália e exploram todos os pormenores, todos os pontos turísticos, a culinária, a geografia, desse local, e apresentam em aula”, relata Mônica Scodro.

‘Aulas online permitem troca de experiências com italianos nativos’

Participação do italiano Carlo Madurotto no curso de conversação, explicando sobre os queijos do Vêneto

Conforme revela, as aulas do grupo sênior da Speakeasy também já contam com a contribuição de convidados italianos. “Por exemplo, uma das apresentações do grupo era a respeito da fabricação de queijos na região do Vêneto, na Itália, que é onde a maioria dos nossos antepassados, da região onde estamos, se originaram. Então os alunos fizeram a apresentação do tema e também teve a presença de um italiano que mora no Vêneto e trabalhou muitos anos numa fábrica de queijo. Ele foi convidado a participar desse encontro online e, no momento da aula, ele abriu a geladeira da sua casa e tinha vários tipos de queijos pra explicar para os alunos a técnica de produção de cada um e como se chama cada um deles. Foi um momento de interação muito rico. Então as aulas online permitem essa troca com um italiano nativo”, salienta Mônica Scodro.

Aula sobre as flores do Vêneto e das montanhas, com a participação especial dos italianos Franco Trubian e Ornella Piacentin

A sócia-proprietária da Speakeasy Escola de Idiomas explica que o pré-requisito para entrar no grupo de conversação da língua italiana é ter concluído o nível B1 do curso. “É o nível pré-intermediário. Para que possa se comunicar, porque a aula toda é falada em italiano, então precisa ter o conhecimento. Se o aluno vier de outra escola, ele faz um teste de nivelamento para comprovar o nível de italiano dele e pode participar”, assinala Mônica Scodro. Conforme salienta, as inscrições para o curso de conversação não têm data limite. “Preenchendo os requisitos, enquanto houver vagas, o aluno pode acompanhar”, pontua Mônica Scodro.

Andreia Rech é aluna há 17 anos: ‘temos uma amizade muito grande entre os colegas e compartilhamos bastante coisa’

Andreia Rech, 45 anos, é a mais jovem de grupo sênior do curso de conversação em italiano da Speakeasy

Aluna da Speakeasy há 17 anos, a são-marquense Andreia Rech, 45 anos, é a mais jovem do grupo sênior do curso de conversação em italiano da escola, que tem alunos de até 79 anos. Conforme conta, todos iniciaram juntos no curso de italiano da Speakeasy. “Mas tinha dois professores que vinham dar aula, então não éramos colegas de curso, mas na conversação acabamos ficando todos juntos. Nós temos uma amizade muito grande entre os colegas e compartilhamos bastante coisa”, comenta Andreia.

Conforme ressalta, há muita troca de experiências e vivências da cultura italiana com os colegas e os professores. “A professora deu aula para os meus colegas no começo do curso, depois viajou para a Itália, conheceu o professor, que é italiano, e acabou que eles casaram e vieram para cá. Eles moram no interior de Vila Seca, em São Gotardo, e nós já fomos na casa deles, sempre temos contato. Temos uma troca muito grande na turma. Quando a gente estuda sobre uma certa região da Itália, dependendo da comida típica daquele local, a professora faz aquela comida, porque ela morou na Itália. E também se alguém vai para a Itália e acaba trazendo um licor, um vinho ou um chocolate de lá, acabamos compartilhando e vivendo isso com os colegas”, relata Andreia Rech.

Aulas online: ‘aprendizado muito mais intenso e profundo’

Conforme frisa a aluna, as aulas de conversação em formato online possibilitam, entre outros aprendizados, a habilidade de ouvir os colegas. “Quando uma pessoa está explanando, ela está no momento dela de pôr a conversação em dia. É um outro modo de aula que adotamos e é sempre um aprendizado ouvir o outro, respeitar o colega, deixar ele falar”, observa Andreia. Conforme acrescenta, a pesquisa feita pelos alunos sobre diversos tópicos da cultura italiana possibilita um aprendizado “muito mais intenso e profundo”. “Por exemplo, pegamos uma determinada região da Itália, aí o professor pede para pesquisarmos sobre a gastronomia, tipos de vinhos, artesanatos, igrejas, museus daquele local. Cada colega pesquisa sobre um desses tópicos e a gente compartilha imagens, vídeos. Conseguimos aprofundar mais e o aprendizado que temos em cima disso é ainda maior do que as aulas em que seguíamos apenas os conteúdos dos livros”, exalta Andreia Rech.

Conforme revela, o seu interesse pela língua italiana surgiu em função da descendência de sua família. “Meu objetivo é ir para a Itália, e sempre penso que para viajar para um país você tem que conhecer o mínimo. Uma vez ir para a Itália era uma viagem de 15, 20 dias, mas acho que nem em um ano inteiro lá não conseguiríamos ver tudo que já aprendemos no curso de conversação”, finaliza Andréia Rech.