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GERAL
Incêndio no Colégio Estadual São Marcos: ‘reforma emergencial deve acontecer até o mês de março’
Incêndio atingiu secretaria do Ginásio no último dia 30 de dezembro, causando perda de computador, impressora e sistema de monitoramento de câmeras. Reforma elétrica da escola foi iniciada em 2019 e interrompida em 2022
2 anos atrás
O Colégio Estadual São Marcos passará por uma reforma emergencial na área atingida por incêndio no último dia 30 de dezembro – que danificou o prédio mais antigo da escola, construído em 1956. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o foco do incêndio estava concentrado na sala da secretaria do Ginásio (denominação popular da escola), de aproximadamente 50 m², e o fogo teria iniciado devido a um curto-circuito causado pela fiação antiga da escola. Entre os prejuízos causados, foram verificados pela direção um computador queimado, uma impressora, o aparelho e o monitor das câmeras, um roteador e parte da mesa da secretária.
Em entrevista à reportagem do L’Attualità, a diretora do Colégio São Marcos, Gerusa Soldatelli, relata que, no dia seguinte ao incêndio, a escola recebeu assessores da Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE) e engenheiros, que verificaram os estragos causados pelo fogo. “Eles viram as condições que ficou a sala, viram que tinha sido bem mais do que eles tinham visto em fotos. Depois também recebemos um outro rapaz, que é responsável pelo PPCI, e daí ele verificou toda a parte do que já tinha sido instalado de equipamentos para prevenção de incêndio e o que faltaria. E semana passada (dia 12 de janeiro) recebemos o engenheiro da Coordenadoria de Obras de Caxias do Sul, que faz parte da equipe da Secretaria Estadual da Educação, e ele avaliou toda a parte elétrica, fotografou, e vai fazer um laudo de tudo que precisa ser substituído na área atingida”, informa Gerusa Soldatelli.
‘Optamos pelo laudo que solicita apenas a reposição daquilo que foi estragado, em caráter emergencial, para conseguirmos voltar a funcionar’
Conforme revela, o engenheiro da Secretaria Estadual da Educação propôs duas opções para a direção da escola: a elaboração de um laudo solicitando a reparação de todos os danos causados pelo incêndio e o término da obra de reforma elétrica, iniciada em 2019, ou um laudo que solicita apenas a reforma emergencial da secretaria do Ginásio. “Se fosse um laudo pedindo as duas coisas ao mesmo tempo, ele disse que antes do final do ano não se termina essa obra. Então fica inviável, porque no próximo dia 23 de fevereiro iniciamos as aulas, e o prédio todo onde ocorreu o incêndio, está sem luz, sem internet, sem nada”, assinala Gerusa.
Conforme acrescenta, a direção do Colégio Estadual São Marcos providenciou locais para seguir trabalhando nas férias escolares. “No prédio debaixo conseguimos luz, porque tem como isolar a parte de cima e a debaixo. Aí fizemos uma secretaria provisória, para fazer matrícula, entregar certificados, essas coisas. E as meninas que fazem a prestação de contas estão trabalhando no laboratório de informática. Então optamos pelo laudo que solicita apenas a reposição daquilo que foi estragado, em caráter emergencial, sem licitação, porque aí tem os meios judiciais e até o início de março ou final de fevereiro eles conseguem fazer essa parte da secretaria, para conseguirmos voltar a funcionar”, destaca Gerusa Soldatelli.
Reforma elétrica do Ginásio foi iniciada em 2019 e interrompida em 2022
Conforme relembra a diretora do Colégio Estadual São Marcos, em 2017 a escola contratou uma empresa de Caxias do Sul para realizar o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) da instituição, que seria executado junto ao projeto de reforma elétrica. “Ia ser renovada toda a parte elétrica e também seriam colocados os itens que faltavam do PPCI. Isso foi solicitado em 2017, mas só em 2018 que a obra teve liberação para iniciar e em 2019 que a empresa veio até a escola para começar os trabalhos. Essa empresa que venceu a licitação compareceu na escola e iniciou as obras, mas não sabemos ao certo o que travava essa continuidade, se era falta de pagamento, se a empresa não recebia. Eles sempre diziam ‘ah precisa um aditivo, a gente está vendo com Porto Alegre’, porque tudo era em Porto Alegre”, conta Gerusa.
‘Nós não recebíamos a informação de quanto por cento da obra já estava concluída’
Conforme revela a diretora da escola, as obras de reforma elétrica no Ginásio foram sendo realizadas aos poucos, em diferentes períodos. “Eles vinham, tinha uma sala de aula em que eles se instalavam, trabalhavam dia e noite, ficavam uns 15 dias e depois iam embora. Então nós nunca sabíamos se eles iam voltar logo ou não. De vez em quando vinha o pessoal de Caxias do Sul fiscalizar a obra e ver o que faltava e o que não faltava. Eu estava na vice-direção da escola naquela época e nós não recebíamos a informação de quanto % da obra já estava concluída”, salienta Gerusa Soldatelli.
Conforme relata, a última vez que a empresa responsável pela reforma elétrica do Colégio São Marcos esteve na escola foi no início de 2022. “Era um transtorno enorme quando eles vinham, porque quando eles trabalhavam nas salas de aulas, eles tiveram que fazer furos em paredes, entre outras coisas, e a gente tinha que deslocar a turma da sala de aula, então em 2019 foi um transtorno total. Depois, em 2020, com a pandemia, eles vieram algumas vezes, mas muito pouco. Em 2021 fizeram mais uma parte. E, no início do ano passado, foi a última vez em que eles vieram”, detalha a diretora do Ginásio.