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    DENúNCIA

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    Ex-secretário de Obras denuncia tentativa de golpe envolvendo venda de asfalto

    Nesta terça-feira (27), Juca Camargo recebeu oferta de asfalto por telefone e, em seguida, solicitação de depósito em conta bancária no valor de R$ 1 mil para cumprimento do serviço. Vendedor identificou-se como Cassiano, mas empresas locais do setor não tem conhecimento sobre tal pessoa

    6 anos atrás

    Homem teria oferecido 160m de asfalto pelo valor de R$ 1 mil, e após solicitou depósito (Foto: apenas ilustrativa)

Na manhã desta quinta-feira, 29 de novembro, o L’Attualità recebeu denúncia sobre suposto golpe envolvendo venda de asfalto. O ex-vereador e ex-secretário municipal de Obras de São Marcos, Juca Camargo, revelou que teria recebido ligação nesta terça-feira (27), por volta das 10h30 da manhã, oferecendo certa extensão de asfalto. “Essa pessoa me ligou e disse que meu filho tinha passado meu telefone. Meu filho realmente falou com ele e disse que esse cara soube que a gente tinha uma fazenda turística e de repente teríamos interesse em asfalto. Ele me ligou e insistiu muito, dizendo que queria vender e que seria sobra de uma obra”, conta Juca, que não teve interesse na oferta, mas comentou com um amigo. “Eu disse que não tinha interesse, e ia ver com alguém. Daí passei para outra pessoa e ela falou com o ‘vendedor’. Ele explicou que tinha que comprar um produto antes de colocar o asfalto e que tinha em Vacaria mais barato, que era para depositar R$ 800 na conta e ele compraria lá”, relata.

De acordo com Juca, o vendedor se identificou como Cassiano, e disse que seria possível fazer cerca de 160 metros pelo valor ofertado de pavimentação asfáltica a partir de sobra do material de outra obra. “Para mim ele disse que era só fazer um churrasco para a turma e dar uns R$ 1 mil que estaria feito”, conta Juca, que possui sítio próximo à localidade Dal’Lagno, no interior de Criúva. Em um dos telefonemas com Cassiano, Juca questionou se ele trabalhava junto com o proprietário de empresa de asfalto conhecida no município. “Quando eu pedi ele ficou meio atrapalhado, daí liguei para outro empresário que tem contato com essa empresa de asfalto para confirmar e ele disse que não conhecia ninguém chamado Cassiano”, lembra Juca.

Confirmando que se tratava de um golpe, Juca ligou novamente para o amigo e comunicou o que havia verificado. “Liguei de novo para o meu amigo e disse que era fria, e ele já estava no banco para fazer o depósito. É como o golpe do bilhete, os ‘olhos grandes’ fazem isso e as pessoas caem”, comentou Juca. O L’Attualità buscou conversar por telefone com o suposto vendedor para confirmar se realmente estaria vendendo asfalto, porém ele apresentou desconfiança e tentou omitir-se à conversa. Ao ser questionado pela reportagem, ele alegou que não teria mais asfalto disponível. “Eu tinha, mas já foi. Já terminou, agora não tenho mais”, declarou com desconfiança, desligando o telefone sem responder às últimas perguntas.