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    Estiagem no RS: em São Marcos represa da Corsan opera com 90% da capacidade máxima de volume de água

    Gerente da Corsan de São Marcos, André Viana, informa que tempo seco e pouca chuva ainda não afetam o município: ‘Nós estamos bem, porque durante 2019 tomamos todas as medidas necessárias para que quando chegasse essa época de estiagem estarmos tranquilos’

    5 anos atrás

    Imagem da represa municipal tirada na tarde desta quarta-feira (8)

Até o momento São Marcos não é um dos municípios afetados com a situação de estiagem no Rio Grande do Sul. Conforme revela o gerente da Corsan de São Marcos, André Viana, atualmente a represa da Linha São Luiz, responsável pelo abastecimento da cidade, possui 90% da capacidade máxima de volume de água. “Nós estamos bem, porque tomamos durante o ano passado todas as medidas necessárias para que quando chegasse essa época de estiagem estarmos tranquilos. Quando começou a estiagem, nós estávamos com a barragem na capacidade máxima e hoje está com 90%, ou seja, 10% abaixo da capacidade máxima”, aponta André Viana. Segundo detalha, a represa está 46 cm abaixo do nível máximo. “Ano passado estávamos nessa época a mais de dois metros abaixo do nível máximo”, compara o gerente. Ele explica que o volume maior é resultado de revisão geral realizada na rede de abastecimento da cidade. “Foi recalcado menos água da barragem. A capacidade de recalque do Ranchinho para a barragem foi aumentada, isso sim fez a diferença. E outras ações quanto à perda de água tratada, sendo necessário recalcar menos água da barragem. O índice pluviométrico que temos na região é o de Caxias e não se nota muita diferença de um ano para outro”, revela.

Conforme detalha o gerente da Corsan de São Marcos, foi realizada manutenção preventiva e corretiva das dimensões de todos os recalques da rede de abastecimento de água do município. “A água sai da Corsan por gravidade e vai até os recalques. Nós temos inúmeros recalques em diferentes pontos da cidade, como no Jardim dos Plátanos, Colina Sorriso, Industrial e próximo da Delegacia, e são desses pontos que a água é recalcada para os reservatórios. Todos os recalques foram redimensionados. Os motores estavam deficientes e foram trocadas as potências para que eles pudessem ter mais capacidade de recalque. Readequamos e modernizamos todos eles, incluindo a parte elétrica e eletrônica de todos esses quadros de comando. Foi uma revisão geral”, destaca André Viana.

Nível da bacia de captação do Rio Ranchinho, que envia água para a represa municipal, segue normal

Conforme explica, a bacia de captação do Rio Ranchinho (junto à ponte da Estrada Padre Pedro Rizzon), que envia a água para a represa municipal, também está operando na capacidade máxima. “Por enquanto está numa situação que pode mandar água ainda. Se essa situação vai se manter por mais 5 ou 10 dias, só o tempo vai dizer. Até o presente momento nós estamos operando com o Rio Ranchinho 24 horas por dia, na capacidade máxima”, informa o gerente da Corsan de São Marcos.

André Viana: ‘Estamos operando com o Rio Ranchinho 24 horas por dia, na capacidade máxima’

Nove cidades decretaram situação de emergência devido à estiagem

O clima seco e quente do verão está dentro da média prevista para o período. Esta condição meteorológica deverá se estender até o fim de fevereiro, com baixos volumes de chuvas. Segundo avaliação técnica da Defesa Civil, Emater e Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), até o momento, não há indicativo de desabastecimento de água em função da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul. Contudo, a Defesa Civil alerta para a manutenção do uso racional e econômico da água, já que pode haver alteração em níveis de reservatórios ao longo do período de verão.

Nove municípios gaúchos já enviaram documentação à Defesa Civil informando que decretaram situação de emergência devido ao tempo seco e à pouca chuva registrada desde o final de 2019 no Estado. As cidades que decretaram emergência são: Chuvisca, Camaquã e Cerro Grande do Sul (Sul), Pantano Grande, Sinimbu e Venâncio Aires (Vale do Rio Pardo), Boqueirão do Leão (Vale do Taquari), Maquiné (Litoral Norte) e Mariana Pimentel (Centro-Sul).