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    SEGURANçA

    Segurança em São Marcos: diminuem homicídios e aumentam casos de estelionato virtual

    Delegado da Polícia Civil Edinei Albarello alerta para aumento de casos de estelionato virtual, por meio de compras online: ‘é uma incidência absurda’

    5 anos atrás

    Criminosos simulam depósitos ou deixam de entregar produtos a compradores (Foto: apenas ilustrativa)

2018 foi o ano que enquadrou São Marcos como um dos municípios mais violentos do Estado em proporção populacional. Ao longo daquele ano foram registrados 14 homicídios e seis tentativas. Em 2019, após as 28 prisões de envolvidos nos crimes, foi registrado apenas um homicídio consumado. Já em 2020, até este mês de março, foram registradas duas tentativas de homicídio (dias 10 de janeiro e 1º de fevereiro), sendo que nenhuma delas foi consumada. Desde 2019 são os crimes de estelionato virtual que têm liderado as ocorrências policiais no município. De acordo com o delegado de Polícia Civil de São Marcos, Edinei Albarello, os registros são frequentes, e principalmente ligados à compra e venda online. “O que tem incidência muito grande são os estelionatos, dos mais diversos tipos. Nós registramos quase toda semana aqui, é uma incidência absurda. São vinculados principalmente à questão online, da transação comercial feita online”, relata o delegado. Ele cita como exemplo casos em que um suposto vendedor anuncia um produto, mas não o entrega após o depósito. Ou, ainda, falsos compradores, que simulam depósitos bancários. “São golpes de vendas em sites, principalmente OLX. O pessoal vende um objeto num site de venda, uma pessoa compra e cai nos golpes. Ou simulam um depósito bancário, a pessoa entrega o produto e perde o dinheiro”, narra Edinei.

A maioria dos crimes acontece por meio de anúncios feitos por pessoa física, mas há também casos em que os criminosos simulam uma empresa. “Também tem estelionatário que se passa por empresa. Mas a incidência maior é individual mesmo, a pessoa publica um carro, por exemplo, e a outra vai lá e compra. Tem de tudo que se possa imaginar, veículos, objetos”, destaca, citando um caso recente registrado em São Marcos. “Tivemos o ano passado um golpe em que um homem perdeu R$ 90 mil aqui em São Marcos. Ele fez negócio de um carro, um caminhão, e acabou perdendo o dinheiro”, revela o delegado.

Golpistas clonam WhatsApp

O delegado Edinei Albarello cita outro crime virtual relacionado à clonagem de aplicativo de mensagens, que também tem sido registrado em São Marcos. “Tivemos mais de um caso de clonagem do WhatsApp”, informa, detalhando a forma como é executado o crime. “A pessoa te liga ali, se faz passar por uma agência, um site de vendas, ou alguma coisa que você tem uma vinculação já, e nesse diálogo pede um código. Vão passar um número ali e esse código é a clonagem do teu Whatsapp”, alerta. A partir do momento em que a vítima perde o acesso ao aplicativo, os autores entram em contato com os números salvos no telefone. “O estelionatário entra e fala com teus contatos pedindo empréstimos: ‘me empresta R$ 1 mil que amanhã eu te devolvo’. Assim acontecem esses golpes”, explica, alertando para que as pessoas estejam atentas às informações passadas via telefone.