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    Emater de São Marcos recebe Fiat Mobi do governo estadual

    Fiat Mobi 0km irá substituir VW Gol, ano 1997, usado pela Emater de São Marcos. Frota da entidade conta, ainda, com um Celta 2011. Ação faz parte de convênio realizado em 2016 entre governos do Estado e Federal

    6 anos atrás

No último dia 11 de fevereiro, segunda-feira, a Emater de São Marcos foi contemplada com um Fiat Mobi 1.0, zero quilômetro. O veículo é proveniente de convênio entre governo Estadual e Federal, que adquiriu frota de 108 veículos para serem entregues a serviços de extensão rural e assistência técnica prestada à agricultura familiar do Rio Grande do Sul. O convênio foi firmado ainda em 2016, na gestão de José Ivo Sartori (MDB), totalizando um investimento de R$ 4,8 milhões, porém a entrega aconteceu apenas neste ano. “Esse carro vai substituir um Gol 1997 que temos. Agora esse Gol possivelmente vai para Monte Alegre dos Campos, onde tem estradas muito ruins. E aqui ainda ficamos com um Celta 2011”, explica o técnico agrícola da Emater de São Marcos, Eri Zanella.

Eri comenta que modelos de carro como o Celta e Mobi não são adequados para os trabalhos realizados pela Emater nas estradas do interior. “São carros inadequados para ir para o interior, porque são muito baixos. Tem algumas estradas que precisamos ir a pé”, comenta, ressaltando também a escassez de gasolina, fatores que dificultam os trabalhos. “Vem só um tanque de gasolina por mês e temos que rodar em muitas estradas. Se administrar bem consegue trabalhar, mas bem mais reduzido. Nós tínhamos os dias certos para ir para as comunidades, mas como o governo está apertado por causa de gasolina, daí depende da demanda. Se solicitar nós vamos”, ressalta Eri.

O técnico agrícola destaca que, entre os serviços prestados pela Emater, uma das principais demandas dos agricultores no interior de São Marcos é a orientação em relação aos tratamentos fitossanitários, que são as medidas adotadas para evitar propagação de pragas e doenças na produção. “A parte que eles mais têm dificuldade é a fitossanitária, porque tem que ter caderneta, tem que respeitar carência, tem todo o monitoramento do produto, então eles têm dúvidas”, revela Eri, destacando que a saída do jovem do campo é uma preocupação das famílias e também das instituições, que já possuem projetos que estimulam sua permanência na agricultura.

Emater assessora agricultores em financiamentos, indústria familiar e controle da produção

A Emater de São Marcos, fundada em 1978, hoje conta com quatro funcionários, sendo um técnico agrícola, um engenheiro agrônomo, uma auxiliar administrativo e uma extensionista social. Eri destaca as principais atividades desenvolvidas pela entidade junto às famílias do interior. “Nosso trabalho é desde projeto de crédito para o banco, viabilizando um projeto técnico para as famílias e encaminhando para o financiamento, até auxílio nas agroindústrias familiares, como demarcação de área, pontos de GPS, para que fique no enquadramento como agroindústria. E também fazemos visitas técnicas nas culturas em geral”, detalha.

A auxiliar administrativa, Deise Renon, explica também a função da extensionista social na Emater. “Ela faz o projeto de merenda escolar, porque os agricultores vendem a merenda para os colégios através desse projeto, então a Emater faz a documentação para escolas estaduais e municipais”, esclarece. Além disso, a extensionista também é responsável pelas reuniões do grupo de mulheres, que acontece uma vez por mês nas comunidades, onde são desenvolvidos cursos sobre diversos temas como receitas, plantas medicinais, artesanato e outras atividades.

Rudinei Girardello, engenheiro agrônomo da Emater de São Marcos, é também o chefe geral de projeto de gestão da propriedade rural, que auxilia os agricultores a controlarem e monitorarem os custos da produção. “É um programa do Estado e a Emater executa. Em São Marcos são 35 famílias participantes, começou em 2015 e é feito o acompanhamento até 2020. O que se faz é o controle do custo de produção, vendo a questão econômica, ambiental e social. São os três eixos de trabalho. Algumas famílias têm um resultado considerável, outras têm um pouco mais de dificuldade. No encerramento vamos mostrar duas propriedades que seriam o modelo ideal”, detalha Rudinei.