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SAúDE
Dia D de vacinação contra a febre amarela em São Marcos é neste sábado (15)
Até esta quarta-feira, dia 12 de maio, foram encontrados 18 bugios mortos no município. 10 casos tiveram material coletado para análise, sendo que 4 já tiveram resultado positivo para febre amarela
4 anos atrás
Neste sábado, dia 15 de maio, a Secretaria da Saúde de São Marcos realizará o Dia D de vacinação contra a febre amarela no município. A ação acontecerá na Secretaria da Saúde, das 8h às 17h, e nas ESFs (Estratégia de Saúde da Família) dos bairros e de Pedras Brancas, das 13h30 às 17h. É necessário apresentar documento de identificação e carteira de vacinação, para que os profissionais de saúde possam consultar se a pessoa já recebeu a vacina. A indicação do Ministério da Saúde é que todas as pessoas de 9 meses a 59 anos, 11 meses e 29 dias se vacinem contra a febre amarela.
Conforme lembra a secretária municipal da Saúde de São Marcos, Maristela Lunedo, a vacinação contra a febre amarela foi realizada em grande escala no município em 2009. “Por isso precisamos fazer essa vacina nas unidades de saúde, para pesquisarmos no sistema e ver se a pessoa já não fez a vacina. Se ela guarda a carteirinha de vacinação, ótimo, mas, se não guarda, nós precisamos verificar nos sistemas”, assinala Maristela.
São Marcos já registra 18 bugios mortos entre abril e maio
No último dia 2 de abril, o primeiro bugio – animal considerado sinalizador da febre amarela em uma região – foi encontrado morto em São Marcos, nas proximidades do salão da comunidade de São Roque. Até esta quarta-feira, dia 12 de maio, já foram encontrados 18 bugios mortos em São Marcos, sendo que, destes, foi possível coletar material para análise em 10 casos. 4 resultados retornaram positivos para febre amarela, 5 ainda estão em análise e 1 teve resultado negativo.
Aedes aegypti é transmissor da febre amarela urbana: ‘combate ao mosquito é realizado o ano todo em São Marcos’
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, silvestre ou urbana. O vírus é transmitido por mosquitos infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Os casos que ocorrem no Brasil são silvestres, quando o vírus é transmitido pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Segundo o Ministério da Saúde, desde 1942, não existem casos de febre amarela urbana, que é transmitida pelo Aedes aegypti, vetor da doença. Contudo, conforme destaca a secretária municipal da Saúde Maristela Lunedo, o combate ao mosquito já é realizado diariamente, durante o ano todo, em São Marcos. “Nós temos uma equipe, da Vigilância Ambiental em Saúde, que trabalha nessa questão diretamente e diariamente, indo de casa em casa. O ano inteiro, de segunda à sexta-feira, eles estão nas ruas, tanto em pontos estratégicos, como cemitério, borracharia, ferros velhos, que possuem mais focos do mosquito, quanto em residências. É feito um trabalho bem grande e contínuo”, ressalta Maristela Lunedo.
O Rio Grande do Sul não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Contudo, em janeiro de 2021, foi confirmado o caso de um bugio morto no município de Pinhal da Serra, na Região Serrana, próximo à divisa com Santa Catarina. No último dia 28 de abril, a Secretaria Estadual da Saúde assinou a Portaria 341/2021, que declara Emergência em Saúde Pública de Importância Estadual (Espie) no Rio Grande do Sul, em decorrência da confirmação da circulação do vírus da febre amarela em 23 municípios gaúchos. Outros 72, que ficam no entorno, são considerados de risco.