Em 2020, todas as escolas de São Marcos elaboraram planos de contingência para serem aplicados no dia a dia escolar quando as aulas presenciais retornaram gradualmente, após a paralisação em virtude da pandemia da covid-19. Os planos ficaram submetidos à avaliação do COE (Centro de Operação de Emergência) Educação Municipal, que é composto por representantes da Secretaria Municipal de Educação, escolas públicas e privadas e profissionais da área da saúde. “Quando o governo autorizou que as escolas poderiam voltar com aulas presenciais dentro de um protocolo, foi criado o COE Educação Municipal, dentro do COE de São Marcos, com uma representante de cada setor da educação. Juntas nós discutimos os protocolos da covid-19 e começamos a ajudar cada entidade a fazer o seu plano de contingência. Começamos bem antes de abrirmos as escolas e daí fomos retornando aos poucos, primeiro a educação infantil e as escolas informais, de cursos livres, e depois a educação fundamental”, comenta a professora de inglês e diretora da Speakeasy, Mônica Elisa Scodro Santos, representante das escolas de cursos livres no COE Educação Municipal.

O COE Educação Municipal é composto pela representante do COE municipal, Daiane Alves; representante da Secretaria Municipal de Educação, Franciele de Carli; representante do Ensino Infantil Privado, Vanderleia Castilhos Rech; representante do Ensino Infantil Municipal, Sabrina Capeletti Giotti; representante do Ensino Fundamental Municipal, Queila Susin; representante das Escolas Estaduais do Município e Ensino Superior, Gisele Rizzon; representante das Escolas Privadas, Niceia Borghetti Sbabo; e representante dos Cursos Livres, Mônica Elisa Scodro Santos.

Conforme explica Mônica Scodro, cada escola criou o seu COE local. Na Speakeasy a equipe é formada por 5 responsáveis. “Temos uma representante que é uma mãe da comunidade escolar, uma professora, uma pessoa da secretaria, e as duas diretoras, então somos em 5 responsáveis por criar o nosso plano de contingência na Speakeasy”, destaca Mônica. Conforme explica, cada escola definiu onde seria a sua sala de contingência e várias medidas de prevenção contra a covid-19 foram tomadas. “Tivemos que medir cada sala de aula para fazer o distanciamento de 1,5m; colocar a sinalização; um fluxo de entrada e um fluxo de saída; quantas pessoas podiam em cada sala; disponibilizar álcool gel; definir como iria ser feita a limpeza; e a questão de medir a temperatura dos alunos, por exemplo, se você mediu e deu uma temperatura alta, manda essa pessoa para casa. Enfim, definimos qual o procedimento a ser feito”, revela Mônica.

De acordo com Mônica Scodro, o COE Educação Municipal também visitou as escolas de São Marcos a partir do momento em que elas retomaram o funcionamento, nos meses de setembro e outubro de 2020, após a paralisação em função da pandemia. “Visitamos as escolinhas infantis, as creches que retornaram, porque daí os alunos tiravam os calçados na entrada da escola, usavam tapete higiênico, e nós íamos checando se estava tudo dentro do protocolo. O objetivo destas visitas era orientar as escolas na prática, porque cada uma tinha o plano de contingência apenas por escrito e cada escola tem uma realidade diferente, dependendo das crianças que frequentam”, observa Mônica.

Colaboração de pais no retorno das aulas presenciais: ‘informavam se as crianças apresentavam sintomas’

Conforme salienta a diretora da Speakeasy, os pais dos alunos também auxiliaram as escolas no retorno das aulas presenciais. “Pedimos ajuda para os pais, então, todo dia que tinha uma aula presencial, eles recebiam um link para responder com o Google Forms como que a criança estava, a temperatura dela em casa, se já teve contato com alguém infectado, se apresentou algum sintoma. Se respondiam ‘Não’ em todas as questões, o aluno podia ir para a escola. Se acontecia de as respostas serem ‘Sim’, então o aluno não ia para a aula presencial, a gente teve este cuidado e isso ajudou muito. Tivemos o envolvimento e colaboração de todo mundo, ou seja, a escola, mais as famílias e mais o suporte que o COE Educação foi dando para nós”, assinala Mônica Scodro.

Conforme ressalta, também foram definidos protocolos em relação aos professores que apresentavam sintomas de covid-19. “Se algum professor apresenta um sintoma, qual que é a atitude a ser tomada? Qual é o protocolo? Se todas as aulas são suspensas, se as aulas vão ser online ou não, se só o professor fica em casa e aí todos os alunos que tiveram contato com ele naquela semana são notificados, todas essas coisas foram definidas nos protocolos de cada escola”, exemplifica Mônica.

Ano letivo de 2021: ‘mesmo protocolo de 2020’

Na última quinta-feira, dia 21 de janeiro, o COE Educação Municipal realizou a sua primeira reunião de 2021. “Nos reunimos para definir como é que nós vamos retornar, porque para o Estado ainda não terminou o ano letivo de 2020, as aulas nas escolas estaduais vão terminar no final deste mês. O objetivo era ver se teria alguma mudança, mas tudo vai funcionar com o mesmo protocolo de 2020, os mesmos distanciamentos, e também combinamos que, a partir do retorno, vamos continuar fazendo as visitas às escolas, para continuar orientando e poder proporcionar um retorno seguro para todos”, ressalta Mônica Scodro. Conforme antecipa, as aulas presenciais em 2021 seguirão com 50% da capacidade de alunos em cada sala e distanciamento de 1,5m, além de todas as medidas de segurança, como uso de álcool gel e máscaras. “As aulas vão continuar no modelo híbrido (presencial e online). Ainda não haverá a obrigatoriedade de frequentar presencialmente as aulas, então quem toma a decisão, se a criança vai participar online ou  presencial, é a família”, pontua Mônica Scodro.

Em São Marcos, as aulas presenciais nas escolas municipais retornam no dia 1º de fevereiro para a educação infantil e dia 18 para ensino fundamental. Já o calendário escolar estadual de 2021 começa em 8 de março, de forma escalonada, iniciando pelos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental. No dia 11, retornam os estudantes do Ensino Fundamental II, e, por último, no dia 15, os alunos do Ensino Médio e Técnico.