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    GERAL

    CIC São Marcos reivindica à prefeitura medidas em prol dos empresários durante a pandemia

    Fiscalização 24 horas por dia e com mais rigor em pontos críticos de aglomeração, isenção da taxa de alvará e não-aplicação de reajuste no valor do IPTU para pagamento em 2021 foram algumas das medidas solicitadas pela CIC São Marcos ao prefeito Evandro Kuwer

    4 anos atrás

No último dia 9 de março, a CIC São Marcos, com apoio da CDL São Marcos e Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares, entregou ao prefeito do município, Evandro Kuwer, documento com reivindicações em prol dos empresários locais, frente ao preocupante quadro econômico e de saúde gerado pela pandemia da covid-19. O ofício foi entregue pelo presidente da CIC São Marcos, Dorival Perozzo, vice-presidente da Indústria, Guilherme Renosto Junior, e vice-presidente do Comércio, Vanessa Chinelato de Alexandre.

As medidas solicitadas foram:

– fiscalização 24 horas por dia e com mais rigor em pontos críticos de aglomeração, principalmente no período noturno, incluindo especialmente os bairros;

– usar os canais legais para solicitar uma ação mais efetiva da Brigada Militar;

– isentar, excepcionalmente, os estabelecimentos da taxa do alvará no ano de 2021;

– não aplicar o reajuste, já previsto, no valor do IPTU para pagamento no corrente ano;

– ampliar, em parceria com demais segmentos da comunidade, campanhas de conscientização.

CIC São Marcos também solicitou que Federasul intervenha para cobrar atuação da Brigada Militar

A CIC São Marcos também entregou a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), no dia 9 de março, documento solicitando que a instituição intervenha junto ao Governo do Estado para que a Brigada Militar, no caso específico de São Marcos, seja mais atuante, fiscalizando e autuando com rigor os pontos críticos de proliferação da covid-19 (eventos e aglomerações públicas). Para isso, o vice-presidente da CIC São Marcos, Fabrício Michelin, destaca que também foi solicitado mais efetivo para possibilitar que a Brigada tenha condições para realizar o seu trabalho. Conforme revela, nas últimas três semanas a entidade intensificou ações junto a CIC Serra e Federasul, no intuito de reverter a cogestão regional. “Mas há muita pressão de outros sindicatos e orgãos públicos para não flexibilizar”, observa.

‘Coibir com rigor as festas, sejam clandestinas ou no próprio centro da cidade’

Fabrício ressalta que são necessárias ideias para novas medidas, em nível municipal, para prevenção ao contágio da covid-19. “Precisamos de ideias, como, por exemplo: bombeiros usarem o jato de água em aglomerações; nos mercados e no comércio em geral, entrar uma quantia definida de pessoas e o restante aguardar do lado de fora; coibir com rigor as festas, sejam clandestinas ou no próprio centro da cidade. Sei que é ilusório, mas o ideal também seria rastrear o facebook e instagram e punir os que forem identificados em festas e aglomerações”, opina Fabrício Michelin.

Ele também cita medidas que podem ser tomadas pela Federasul em nível estadual e que já foram levadas internamente até a instituição. “É necessário um plano para redução e renegociação de tributos, mas o governo estadual recém aumentou a carga tributária. Aí vai a pressão que tem que ser realizada nos deputados estaduais que foram a favor da medida. Tem que cobrar dos deputados para apurar o desvio de verba do governo estadual, que não aplicou na saúde os recursos recebidos do auxílio emergencial. Também é necessário retornar o programa de redução de jornada e salários, analisando-se cada tipo de atividade. Eliminar provisoriamente os custos trabalhistas e, num futuro próximo, reduzir isso”, detalha Fabrício Michelin.

‘Se houvesse um pacto de todas as federações para que as empresas recolham, mas não paguem seus tributos, não haveria pressão maior que essa’

O vice-presidente da CIC São Marcos aponta também que os bancos devem “oferecer realmente empréstimos com taxas baixas, sem surpresas que aparecem no mês seguinte à assinatura dos contratos”. “Nós empresários temos muito mais força do que pensamos e do que apresentamos perante a sociedade, nessas instabilidades políticas, do judiciário, entre outras. Se houvesse um pacto de todas as federações para que as empresas recolham, mas não paguem seus tributos (pagamento zero), penso que as esferas do governo sentiriam aquilo que nunca sentiram antes. Penso que se houvesse uma pauta coerente, simples e direta, não haveria pressão maior que essa. Isso é utópico de ser realizado, mas seria a forma ideal de contra-ataque. Mas essa é minha opinião, não é da CIC, pois não foi discutida ainda com a calma necessária”, salienta Fabrício Michelin.