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    Atleta são-marquense é convocado para Seleção Gaúcha Sub-19 de Vôlei

    O adolescente Otávio Schweitzer Rodrigues, de 16 anos e 1,95 m de altura, realizará testes para a Seleção Gaúcha Sub-19, para disputar o Campeonato Brasileiro de Vôlei da 1ª divisão em 2020

    5 anos atrás

O são-marquense Otávio Schweitzer Rodrigues, 16 anos, foi convocado para os treinamentos preparatórios da Seleção Gaúcha Sub-19, para disputar o Campeonato Brasileiro da 1ª divisão – que acontecerá de 2 a 7 de março de 2020, em Saquarema (RJ). Conforme revela o adolescente, que joga vôlei há apenas 3 anos, sendo integrante da APAAVôlei/UCS desde 2017, esta é a segunda convocação que recebe em 2019. “No início do ano veio uma convocação para a Seleção Gaúcha de Voleibol na categoria infantil, que eu não passei. E agora fui convocado para fazer os testes pra Seleção Gaúcha Infanto-Juvenil, para o Campeonato Brasileiro de Vôlei de 2020. O primeiro treino/teste vai ser nesta sexta-feira (20 de dezembro), no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre”, detalha Otávio. Conforme explica, 34 atletas no total, de todas as equipes federadas de vôlei do Estado, realizarão os testes. “Em cada treino vai havendo cortes, até ficar 12 atletas no final”, explica Otávio.

Otávio Schweitzer com o seu técnico atual Giovani Brisotto e seu pai Henrique dos Santos Rodrigues (foto arquivo pessoal)

Estatura para o esporte: 1,95 m de altura

Filho dos são-marquenses Monica Schweitzer e Henrique dos Santos Rodrigues, Otávio nasceu em Bento Gonçalves, mas desde pequeno reside em São Marcos com os pais. Conforme conta, desde criança a sua altura sempre chamou a atenção e a última vez que mediu estava com 1,95 m. “Na escola fui sempre o último da fila. Estava com 1,95 m a última vez que eu me medi, mas eu acho que já cheguei nos 2 metros, e ainda estou em fase de crescimento”, ressalta o atleta, que revela ter recebido a estimativa de um médico de que poderá chegará a medir 2,10 m de altura. Por causa da sua estatura diferenciada, ele experimentou algumas modalidades de esporte, até se direcionar para o vôlei. “O pessoal sempre falou ‘vai jogar basquete’, eu ouvia muito. E eu já passei por alguns esportes,  como futebol e até ginástica olímpica, nas escolinhas do Grêmio Americano. Mas eu sempre tendi muito mais para o lado do vôlei, principalmente por causa do meu pai, que praticou esse esporte bastante tempo da vida dele. Ele jogou muito tempo vôlei na Marcopolo e em outros times de empresas”, comenta Otávio Schweitzer.

Otávio e o campeão olímpico de vôlei Gustavo Endres

Conforme destaca o atleta Otávio Schweitzer, foram os seus pais que incentivaram o seu ingresso no time de vôlei da UCS em 2017. “Eu comecei na UCS em 2017, e eu era a legítima ‘vareta’, muito magro para o meu tamanho. O técnico do time na época, Natan Borges, viu que eu tinha potencial, que eu tinha altura, e eu fui mostrando o que eu sabia. Eu passei no teste por causa da minha altura, para categoria infantil, e aí as técnicas eu fui aprendendo tudo lá na UCS. Comecei só treinando, aprendendo o básico, e, depois de um mês ou dois, eu fui para o meu primeiro campeonato”, recorda Otávio. Segundo explica, nos primeiros campeonatos ficava apenas no banco da reserva. “Para ganhar experiência, ver como é que funcionava. O primeiro campeonato que eu fui jogar e entrei em quadra foi o Estadual no final de 2017. Em 2018 teve uma mudança de técnicos na UCS, nessa categoria infantil, e eu fui aprendendo mais coisas, assimilando, absorvendo um pouco mais de experiência. E aí eu não fiquei mais no banco, eu entrei em quadra como titular o ano inteiro. E comecei a treinar dobrado, tanto na categoria infantil como na infanto-juvenil. Treinava de 3 a 4 vezes por semana, 2 horas por categoria e mais a academia, então eram 5 horas de treino físico por dia”, detalha o atleta, que paga mensalidade de R$ 90 por cada categoria e taxa de inscrição para os campeonatos que participa com a equipe APAAVôlei/UCS. Otávio estuda pela manhã – concluirá o Ensino Médio no Colégio Estadual São Marcos em 2020 – e treina nos turnos da tarde e da noite.

‘Pretendo ir para fora do Estado, jogar em um time profissional’

Otávio Schweitzer destaca que 2019 foi o seu melhor ano no esporte. “Primeiro porque foi, tecnicamente, o pico de experiência que eu tive até agora. Disputei o Campeonato Estadual de Vôlei nas categorias infantil e infanto-juvenil. Com infanto-juvenil ficamos no segundo lugar da série Prata e com o infantil no quarto lugar da série Ouro. Disputamos também a Copa Claudio Braga no início do ano, em ambas categorias, e alguns campeonatos paralelos de infanto-juvenil. E também foi meu melhor ano por ter vindo essas convocações para a Seleção Gaúcha, no início do ano e agora”, salienta Otávio. Em quadra, o atleta atua na posição de meio de rede. “A função principal é o bloqueio, não pode deixar passar a bola do adversário. Essa normalmente é a posição dos jogadores altos”, explica o adolescente. Conforme revela, a idade limite para um atleta permanecer na APAAVôlei/UCS é 19 anos. Depois que deixar a equipe, ele projeta jogar vôlei em um time profissional fora do Estado. “Eu pretendo ir para fora do Estado, fazer testes para algum time profissional. Não tem um time específico que eu deseje, mas os mais fortes, os principais são no Rio de Janeiro e São Paulo”, frisa Otávio, destacando que a carreira de um jogador profissional de vôlei vai até cerca de 35 anos. “Ou até as costas aguentarem”, observa descontraindo Otávio Schweitzer.