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    Após aumento no preço do diesel, caminhoneiros reivindicarão em Brasília a fiscalização da tabela do frete

    Caminhoneiros participarão de reunião em Brasília, no próximo dia 12 de setembro, para reivindicar fiscalização da tabela do frete. Não haverá paralisação da classe

    6 anos atrás

    Líder da paralisação em São Marcos, motorista Daniel de Carvalho, o Sereno, descarta nova greve

Em maio deste ano, após a grande paralisação dos transportes no Brasil, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros firmou acordo com o governo federal para encerrar a greve. A promessa foi de redução de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel, congelamento dos preços por 60 dias, reajustes mensais após esse período, tabela mínima do frete e outras propostas. Cerca de 90 dias após o fim da mobilização e atendimento de suas reivindicações, o preço do diesel voltou a subir. A Petrobras aumentou o preço do combustível nas refinarias em 13,03% no último dia 31 de agosto, e a nova tabela implica também em aumento nas bombas. Com o ajuste, o preço passou de R$ 2,0316 para R$ 2,2964 nas refinarias. Além do diesel, também o preço da gasolina aumentou 1,53% nas refinarias, passando de R$ 2,1375 para R$ 2,1704. A média nas bombas será de R$ 4,848 para a gasolina e R$ 3,564 para o diesel. Os caminhoneiros pressionam, agora, o aumento também no preço do frete rodoviário. “Agora teve esse aumento de diesel e não ficou ruim, mas se aumenta o diesel tem que aumentar a tabela. Se o diesel aumentou 10%, a tabela do frete aumenta 10%”, observa o caminhoneiro Daniel da Silva de Carvalho, conhecido como Sereno.

Ele, que trabalha como caminhoneiro há cerca de 8 anos, ressalta que não deve acontecer paralisação, desmentindo os boatos espalhados nas redes sociais, mas informa que acontecerá reunião em Brasília, no dia 12 de setembro, reivindicando a fiscalização da tabela do frete. “Paralisação por parte dos caminhoneiros a princípio não vai ter, o que vai ter é uma movimentação em Brasília no dia 12, em relação à fiscalização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) sobre a tabela, para eles começarem uma fiscalização mais rígida para seguir a tabela mínima do frete”, ressalta Sereno, uma das lideranças da paralisação dos caminhoneiros em São Marcos no mês de maio. Ele destaca que,  após a paralisação, algumas empresas passaram a pagar corretamente o preço do frete, porém os profissionais autônomos seguem enfrentando alguns problemas. “A maioria das empresas segue a tabela. O não cumprimento acontece entre os autônomos, muitas transportadoras não estão pagando, mas o autônomo carrega, porque ele precisa trabalhar”, lamenta Sereno.

O motorista destaca a importância da classe fazer a reivindicação para que a fiscalização seja cumprida. “Quando eles fiscalizarem com rigidez, a transportadora vai ter que pagar e o autônomo vai poder trabalhar”, ressalta Sereno, lamentando que é o consumidor final quem arca com os reajustes no combustível. “Quem vai pagar vai ser o consumidor. Todo mundo sabe que eles não iam baixar tudo aquilo e depois não mexer mais no preço. Isso (aumento) ia acontecer. Infelizmente eles botam mais impostos em cima do que a gente precisa para trabalhar”, protesta o caminhoneiro são-marquense.