Por volta das 20 horas desta segunda-feira, dia 17 de dezembro, forte pancada de chuva provocou alagamento no centro da cidade de São Marcos, principalmente na Rua Augusto Catafesta, esquina com a Avenida Venâncio Aires. O volume de água que desceu das nascentes do Arroio Gravatá, desde o bairro São José, também causou alagamento no bairro Industrial, nas proximidades das empresas Bepo e Bontempo. Conforme destaca o secretário municipal de Administração de São Marcos, Renato Chinelatto, no início de 2017, quando foi registrado grande alagamento no trecho da Rua Augusto Catafesta seguindo pela ruas José Alencar e Carlos Gomes até o Posto MC, a Secretaria realizou limpeza do sistema de drenagem pluvial em pontos críticos da canalização do Arroio Gravatá, que recebem o escoamento das águas de chuva na área atingida. “Ficamos em obras por mais ou menos uns 15 dias e iniciamos pelos pontos críticos que estavam próximos da empresa Cassol Autopeças até a altura do Posto MC, e também nas proximidades das empresas Bontempo e Bepo. Na questão do gargalo entre a Distribuidora de Bebidas Delai até as proximidades do posto MC, nós temos problemas sérios de avanço de construções (sobre a canalização do Arroio Gravatá), muros e galerias pequenas, já edificadas em tempos em que eram permitidas. Ali há um esgoto que, assim como o Gravatá, também tem uma água nascente e que, pela topografia, recebe muita água de chuva de uma dimensão grande da cidade”, explica Renato.

Segundo o secretário municipal de Administração, uma nova limpeza do sistema de drenagem pluvial do Arroio Gravatá resolveria parte do problema. “Eu acredito que uma nova limpeza possa ter resultado nas imediações da Bepo e da Bontempo e também da Cooperativa 2, além da detonação de algum gargalo interno. Também a remoção de uma piscina de concreto construída atrás da casa do senhor Antonio Michelon, que não está mais em uso, mas diminuiu o fluxo de água, ou seja, rebaixou a altura da galeria. E a remoção de algumas pedras que estão dentro deste trecho, por causa de um desmoronamento em 2016. Também a retirada da água que vem hoje do bairro Jardim dos Plátanos e cai toda no Arroio Gravatá, para cima da empresa A. Rizzon, e a colocação de uma nova tubulação de tamanho permitido, que capte essa água, desde a empresa Novatech até as proximidades do Posto MC, com certeza ajudariam”, aponta Renato Chinelatto.

Segundo destaca, a Secretaria Municipal de Administração está aberta a sugestões, principalmente de moradores dos locais atingidos pelos alagamentos. “Podemos ouvir outras ideias da população, principalmente das pessoas que moram nessas proximidades atingidas, e buscar alternativas que amenizem o temor que essas famílias têm quando se aproxima uma chuva, principalmente nessa época do ano. Eu já estive nessas imediações, em 2017, a pedido do prefeito, e posso ir novamente. Eu sei que está difícil, mas ainda não conseguimos algo além da limpeza do sistema de drenagem, que possa ter uma solução imediata e ser suportado pelas finanças do município”, admite Chinelatto, ressaltando que não há como modificar a localização do Arroio Gravatá. “Não dá pra modificar o rio de lugar. Nós não temos dinheiro, nós não vamos conseguir fazer isso. Nós temos uma região muito rochosa. Se a construção pudesse ser mexida e a galeria tivesse vazão maior, mas isso também não dá para fazer. E o que se fez no passado, não vai adiantar nada lamentar agora. Não podemos mudar de lugar o supermercado 2 da Cooperativa e todo o pessoal que se aproximou do Arroio Gravatá. Poderia ser feita uma segunda galeria, para que o arroio fizesse a volta por fora, e não mais por debaixo da Bepo. Essa seria uma solução possível de buscar recurso federal e estadual, fazer um movimento de todo o município. Mas a água vai continuar. Vai acontecer no ano que vem de novo. E ainda neste próprio verão nós vamos ter outros problemas”, prevê Renato Chinelatto, sem contudo informar quando algumas das soluções apontadas por ele serão realizadas pela prefeitura.