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    Escolinha de futebol de São Marcos conquista dois troféus em Caxias

    Escola de Futebol Atlético RS, do professor Jhosef de Jesus, participou da Copa F7 em Caxias do Sul e saiu campeã com as categorias sub 9 e sub 13 e vice na sub 11 e sub 15. Alunos participam das aulas gratuitamente no Estádio Municipal Elias Soldatelli

    6 anos atrás

    Equipes de quatro categorias disputavam competição na UCS desde abril deste ano (Fotos: divulgação)

Em atividade desde 2006, neste ano a Escola de Futebol Atlético RS representou São Marcos na Copa F7, em Caxias do Sul. Os times não apenas representaram o município, como também conquistaram dois troféus de campeões. A Copa, idealizada neste ano pela Apafut, da Universidade de Caxias do Sul, iniciou em abril e teve 12 rodadas no total, com a participação de quatro equipes da escolinha são-marquense. Os alunos dos times sub 9, sub 11, sub 13 e sub 15 disputaram as partidas contra seis escolinhas de Caxias, e se destacaram em todas as categorias. Na final, que aconteceu neste sábado, 8 de dezembro, dois dos times de São Marcos saíram campeões. O sub 9 disputou o troféu contra a Apafut e ganhou por 4 a 2, e o sub 13 jogou contra o Piá 10 e venceu por 4 a 0. As outras duas equipes ficaram vice-campeãs. A sub 11 perdeu de 2 a 1 para o Pequenos Mosqueteiros e o sub 15 perdeu de 3 a 1 para o Zico.

Na chegada a São Marcos, os times fizeram carreata pela cidade em comemoração aos títulos. Nesta semana os alunos disputam também a Copa Altos da Serra de Futebol de Base, em São Marcos, organizada pelo próprio professor da escolinha, Jhosef Darllã de Jesus. A competição tem a participação de outras equipes da Serra gaúcha nas categorias sub 10, sub 12, sub 14 e sub 16. As semifinais acontecem nesta quinta-feira (13), no Campo Municipal, e a final será na Linha Santana, no sábado (15). A Escola de Futebol Atlético RS conta com cerca de 110 alunos, de 6 a 20 anos, divididos nas categorias sub 7, sub 9, sub 11, sub 13, sub 15, sub 17 e sub 20. Os treinos acontecem nas quintas, terças e sábados, no Estádio Municipal Elias Soldatelli.

Escolinha conta com apoio da prefeitura desde 2017

De acordo com o professor e proprietário da Escola de Futebol Atlético RS, Jhosef Darllã de Jesus, desde 2017 a equipe conta com o apoio da prefeitura de São Marcos para dar sequência às atividades. “Eu trabalho com isso desde 2006, mas esse foi o único governo que realmente nos apoiou. Agora conseguimos fazer um trabalho melhor. A prefeitura ajuda sedendo ônibus, paga a arbitragem, inscrições em campeonatos e meu salário”, revela Jhosef, ressaltando que as atividades são totalmente gratuitas para as crianças. “As crianças não pagam nada, é um projeto social, eles vêm de todas as partes da cidade, bairros, centro, interior, e tem transporte pra todo mundo. Um ônibus da prefeitura passa em todos os bairros e leva para o treino. Quando acaba leva de volta para casa”, conta.

Além da prefeitura, a escolinha de futebol também conta com outros apoiadores, como a CIC de São Marcos, através do diretor de Esportes, João Fortunatti, e Come Come Lanches, através do proprietário Natalino Prace. Como as atividades são gratuitas, Josef explica que os familiares que têm condições podem fazer contribuições espontâneas à entidade. “Tem a comissão de pais também que ajuda a manter algumas despesas com colaboração espontânea. Entregamos um envelope mensal para cada aluno e o pai paga o que puder”, explica.

‘Para jogar futebol também tem que estudar’

Jhosef ressalta, ainda, a importância de manter o projeto em São Marcos como benefício aos alunos participantes, que muitas vezes são de famílias de baixa renda. “Para as crianças com certeza melhora tudo, a participação escolar, as notas, o comportamento, disciplina, movimento motor, relação familiar, muitos pais relatam que eles melhoram dentro de casa”, comenta, destacando que as notas na escola não são um pré-requisito para ingressar nas equipes, mas a educação sempre é trabalhada e incentivada. “Eu abraço Deus e todo mundo, aqui não tem exclusão, tem inclusão. Trabalhamos em cima de potencializar a educação também. Se a criança não está bem na escola nós vamos conversar. Quando o pai tira ela do futebol, que é o que ela mais gosta, a criança não vai melhorar, então tem que dialogar e mostrar que para jogar futebol também tem que estudar”, pontua Jhosef.