Na última sexta-feira, dia 16 de abril, a prefeitura de São Marcos, o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares e a Emater/RS-Ascar entregaram as coordenadas do programa Novo Rumo para a Brigada Militar de São Marcos. A partir de uma demanda apresentada pela BM, foi desenvolvido um projeto de levantamento de dados em todas as comunidades do interior do município, a fim de possibilitar aos órgãos de segurança mais agilidade no atendimento de ocorrências. O levantamento de dados consistiu em identificar os moradores de cada região e estabelecer as coordenadas geográficas do local, facilitando a localização a partir da utilização de mapas ou imagens. Foi entregue ao comandante da Brigada Militar, tenente Paulo Ricardo Mello, um documento impresso com a relação das propriedades e comunidades. Estiveram presentes no ato oficial de entrega o prefeito de São Marcos Evandro Kuwer, o presidente da Emater/RS-Ascar Geraldo Sandri e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de São Marcos Sandra Meneguzzo.

‘O morador da zona rural vai poder informar onde está quando necessita dos órgãos de utilidade pública’

O programa Novo Rumo foi criado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado e já foi iniciado em municípios como Erechim, Ibirubá, Flores da Cunha, Nova Pádua e Farroupilha. De acordo com o presidente da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri, o georreferenciamento de propriedades rurais, que faz parte do programa, visa a facilitar o acesso ao interior e garantir a segurança no campo. “As entidades entregam as coordenadas para a BM, de latitude e longitude, e aí, através do GPS, ou até de outras ferramentas, como Google Maps ou um software específico comprado pela Brigada, as propriedades são localizadas. O benefício desse programa é a localização rápida, porque, com um código criado, o morador da zona rural pode informar onde está quando necessita do Samu, Secretaria de Saúde, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil, enfim, órgãos de utilidade pública. Ele vai ligar e vai dizer, por exemplo, ‘estou aqui na Linha Edith e meu código aqui é xc2213′”, exemplifica Geraldo Sandri.

‘A Brigada Militar está usando, mas o programa precisa ser articulado entre todas as entidades’

Conforme ressalta, por enquanto, o programa está sendo utilizado apenas pela Brigada Militar. “Isso ainda está em implantação. Nos municípios em que já está funcionando, a Brigada está usando, mas isso precisa ser articulado entre todas essas entidades. Ou cada um vai ter um GPS específico ou vai ser preciso criar uma ferramenta integrada, via google maps. Em Francisco Beltrão, no Paraná, por exemplo, qualquer instituição pode entrar no google maps, digitar o código e localizar a propriedade. Mas tem que se construir essa estrutura tecnologicamente. Em São Marcos, o pessoal conhece a maioria das comunidades, mas, mesmo assim, se tiver que ir pra Linha Café, na Criúva, por exemplo, é mais difícil localizar, porque tem muitas entradas e muitas saídas, então a tecnologia é pra facilitar esse acesso ao interior”, pontua Geraldo Sandri.