O médico cardiologista Gilberto Moschetta, um dos responsáveis pelo atendimento aos pacientes com covid-19 no Hospital São João Bosco, em São Marcos, também foi acometido pelo vírus. Conforme informa ao L’Attualità, o primeiro sintoma que sentiu foi irritação na garganta, no final do mês de dezembro. “Me afastei do trabalho, mas foi só no dia 3 de janeiro que piorei, com falta de oxigênio e febre. A tomografia feita aqui em São Marcos reforçou que as lesões eram importantes e achamos mais prudente conversar com os colegas do Hospital Unimed em Caxias do Sul, primeiro por causa da  falta de privacidade e repouso  ao internar aqui, com inúmeros colegas, amigos, enfermagem; e segundo porque não quis constranger meus colegas a tratarem uma doença potencialmente grave, se envolvendo emocionalmente com isto”, explica o médico.

Gilberto Moschetta ficou internado na UTI do Hospital Unimed, de 6 a 12 de janeiro. “Fiquei em UTI, meio sedado. Desde sábado passado (16) já pude ficar sem oxigênio, e vim para casa domingo (17). Em princípio, sem sequelas. Pelo menos temporariamente, não pego e nem transmito (o vírus). Aos poucos volto à rotina”, informou Gilberto ao L’Attualità nesta quarta-feira (20). Conforme detalha, ele só poderá receber a vacina contra a covid-19, CoronaVac, ao final de 30 dias. “Porque as imunidades desencadeadas pela doença são diferentes. Mas hoje, felizmente, começaram as vacinas aos profissionais da saúde, o que retira deles a carga azarada que tive”, pontua Gilberto Moschetta.