Na última sexta-feira, dia 23 de novembro, a Secretaria Municipal de Educação de Campestre da Serra, com o apoio da unidade do Sicredi Ibiraiaras do município, realizou a última ação de 2018 do projeto “União Faz a Vida”. A 2ª Mostra Cooperativa de Projetos aconteceu a partir das 19h30, no Salão Paroquial, com a presença das duas escolas estaduais e três escolas municipais de Campestre. “Desde o ano passado nós assinamos um acordo de cooperação com o Sicredi e implantamos dentro da rede municipal e estadual do município o programa União Faz a Vida. No início do ano definimos os temas que são trabalhados e cada escola tem a liberdade de escolher o seu e trabalhar o ano todo em cima desse tema. O projeto culmina nessa mostra aqui no Salão Paroquial, quando os alunos apresentam os seus trabalhos”, explica Daiana Michelon, secretária municipal de Educação de Campestre da Serra. Criado pelo Sicredi em 1994, o programa União Faz a Vida é a principal iniciativa de responsabilidade social da cooperativa de crédito e tem como objetivo promover práticas de educação com foco nos princípios da cooperação e cidadania.

O União Faz a Vida ocorre através da aplicação da metodologia de projetos, incentivando os alunos a evidenciarem a sua capacidade de participação como agentes empreendedores do seu próprio desenvolvimento, além de ações pedagógicas para os professores. “O programa dá todo o suporte na questão de assessoramento do projeto, tem uma assessora que visita todas as escolas durante o ano e auxilia cada professor no desenvolvimento dos projetos. E tem também as formações durante o ano letivo, direcionadas aos professores”, conta Daiana Michelon. Conforme detalha, as 5 escolas de Campestre da Serra participaram do programa. “A Escola Estadual de Ensino Médio Alvaro Laureano Brum desenvolveu um único projeto, com todas as turmas, de primeiro a terceiro ano. A Escola Estadual de Ensino Fundamental José Schio Netto também desenvolveu um único projeto, nas séries iniciais e nas séries finais. Já a nossa escola de educação infantil Isabel Cristina Pagno desenvolveu um projeto chamado ‘Brincadeira de criança, como é bom’, resgatando brincadeiras antigas. E a Escola Municipal Joanita Giacomelli realizou 2 projetos: o primeiro para séries iniciais, com o resgate da cultura gaúcha, ‘Uma viagem pelo Rio Grande do Sul’, e para as séries finais um projeto voltado para ‘qualidade de vida versus proles’”, conta a secretária de Educação.

Conforme destaca Daiana, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Manoel da Nóbrega, localizada na Vila São Manoel, no interior de Campestre, também participou do União Faz a Vida. “Eles desenvolveram um projeto de resgate das atividades ao ar livre, então trabalharam durante todo o ano letivo fazendo atividades de educação física e de recreação, explorando o lugar onde eles moram”, revela Daiana Michelon. A diretora da escola, Aliege Cechinato Zanotto, detalha as atividades propostas aos alunos. “Fizemos uma caminhada e medimos as taxas de pressão e glicose dos alunos, no início e no final da atividade. Também fizemos uma trilha ecológica em uma usina que nós temos aqui em Campestre e também um acampamento. E os alunos fizeram um projeto com sucatas, montaram brinquedos e bonecos, expostos aqui na mostra”, conta.

‘O programa é voltado mais para atividades práticas, com envolvimento muito grande dos pais e comunidade escolar’

A secretária municipal de Educação Daiana Michelon destaca os benefícios do programa para os alunos e o envolvimento de pais e comunidade em geral com os projetos. “O programa agrega muito, percebemos nos alunos uma mudança de comportamento, voltada ao cooperativismo e sustentabilidade, na questão de cidadania. Até do projeto do ano passado ainda vemos marcas nos alunos, eles lembram do que eles trabalharam. E além disso tem um envolvimento total da comunidade escolar, os pais se envolvem muito nesse trabalho. O programa é voltado mais para atividades práticas do que atividades escritas, então ocorre um envolvimento muito grande da comunidade escolar. Eles têm atividades práticas envolvendo os pais fora da escola e, hoje, além da apresentação do que eles trabalharam no ano letivo, eles fazem uma apresentação artística de cada projeto”, pontua Daiana Michelon. A 2ª Mostra Cooperativa de Projetos de Campestre da Serra acabou por volta das 20h30, devido à tempestade de chuva e vento forte que provocou queda de energia elétrica em toda a parte urbana de Campestre. Conforme adianta Daiana, a Secretaria Municipal de Educação organizará show cultural no próximo dia 20 de dezembro para que os alunos que não conseguiram apresentar seus projetos possam exibi-los. O evento contará também com apresentação de teatro e a chegada do Papai Noel.

Gerente do Sicredi destaca que ‘foco do programa é resgatar valores’

O gerente da unidade do Sicredi Ibiraiaras RS de Campestre da Serra, Gelson Comin, revela que o programa “União Faz a Vida” é realizado há 15 anos pela cooperativa de crédito. “Dentro do Sicredi Ibiraiaras são 15 anos do projeto e aqui em Campestre é o segundo ano. Esse projeto é do Sicredi Central, então ele acontece em todo o Brasil. O foco desse programa é a educação, é resgatar valores, e tornar a comunidade onde ele atua mais colaborativa, com pessoas mais cooperativas. Os projetos que foram desenvolvidos e que estão hoje sendo exibidos aqui em Campestre da Serra contam com o apoio e participação das famílias dos alunos, então, direta ou indiretamente, todo mundo faz parte do projeto”, aponta Gelson, gerente da unidade em Campestre há 11 anos. Ele destaca a formação oferecida aos professores que coordenam as atividades em sala de aula. “No início do programa nós buscamos dar uma qualificação para os professores, mais do que eles já têm, e também fazer com que eles entendam o objetivo do União Faz a Vida. Porque depois são os alunos que vão acabar replicando nas famílias, na comunidade como um todo”, observa. Conforme explica, o programa permite uma integração do Sicredi com toda a comunidade de atuação. “As crianças estão tendo a oportunidade de ver que o Sicredi investe na comunidade e atua como um incentivador para que elas coloquem em prática os projetos delas desde a infância. O programa em si traz a marca Sicredi, mas é o União Faz a Vida, que só é viável com a colaboração de todos, desde as famílias, alunos, professores, diretores, coordenação do programa, Secretaria de Educação e prefeitura”, finaliza Gelson Comin.