Neste ano, a celebração de Corpus Christi será bastante diferente em São Marcos. A confecção dos tapetes, que reunia cerca de mil pessoas pela manhã em torno do mesmo objetivo, e a Procissão Eucarística sobre a serragem colorida não acontecerão. Uma parte da tradição será quebrada diante da emergência sanitária em decorrência da pandemia de coronavírus. Contudo, a celebração e seu significado permanecem. A Paróquia de São Marcos irá celebrar a missa com portas fechadas na Igreja Matriz, mas terá transmissão ao vivo pela Rádio Diplomata e Facebook da Paróquia. Será no dia 11 de junho, quinta-feira, às 9h. “Será às 9h porque não vai ter os tapetes. Fazíamos a procissão sempre na parte da tarde para recordarmos com carinho o trabalho feito de manhã pelo pessoal. Como esse ano não vai ter, pensamos em fazer a missa de manhã”, detalha o padre Tadeu Libardi.

Após a celebração, o Santíssimo Sacramento ficará exposto em frente à Igreja Matriz até às 12h. Os fiéis poderão passar de carro pelo local para receber a bênção e fazer doação de alimentos não perecíveis. “Das 10h ao meio dia vamos estar na frente do saguão da Igreja, no patamar de cima, com a exposição do Santíssimo Sacramento e o padre vai estar abençoando o pessoal que passar de carro. Ao mesmo tempo vamos ter um grupo de pessoas recolhendo os alimentos não perecíveis, para que a gente possa doar como forma de fraternidade nesse momento de sensibilidade, em que muitas pessoas perderam o emprego”, ressalta o padre. As doações serão encaminhadas para entidades assistenciais do município, que destinam às famílias mais necessitadas.

Celebração à distância: ‘essa pandemia nos proporcionou entrar nas casas das famílias, fazendo nossas celebrações via internet e rádios da cidade’

O padre Tadeu ressalta que o novo formato da celebração de Corpus Christi será bastante diferente do tradicionalmente realizado no município, e por esse motivo tem a tendência de ser ainda mais marcante para os fiéis. “Corpus Christi é um dia muito importante dentro do calendário litúrgico da Igreja Católica, é um dia muito especial. Tenho certeza que essa celebração vai ser muito marcada, porque vai ser diferente. Não vai ser o normal que fazíamos todos os anos, com tapetes, procissão. O que não era como antes se torna algo muito significativo e presente, porque se destaca perante aquilo que já era normal”, avalia.

Ele ressalta, ainda, que neste ano o objetivo será reforçar a fé, independente do local onde ela é celebrada. “Agora vamos estar em casa. Essa celebração tem o intuito de fazer algo mais familiar, doméstico, é o momento de celebrarmos em casa. A celebração sempre tem sua essência, não estou lá, estou acompanhando pela rádio, mas estou participando da essência. Essa pandemia nos proporcionou entrar nas casas das famílias, fazendo nossas celebrações via internet e rádios da cidade”, ressalta o padre.