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    Corsan fiscaliza afluentes do Ranchinho e Arroio do Meio com apoio da Patram

    Iniciativa visa a encontrar barragens que estejam represando água das nascentes dos rios, responsáveis pelo envio de água para a represa que abastece a cidade de São Marcos

    4 anos atrás

    Imagem da represa municipal de São Marcos, registrada no dia 11 de maio (foto Zaíra Ballardin)

Desde a última sexta-feira, dia 8 de maio, a Corsan de São Marcos, com o apoio da Patram (Patrulha Ambiental) de Caxias do Sul, está fiscalizando afluentes do Rio Ranchinho e Arroio do Meio, localizados na zona de campo de São Marcos, no sentido do distrito caxiense de Criúva. A iniciativa visa a encontrar barragens que estejam represando água das nascentes dos dois rios, hoje responsáveis pelo envio de água para a represa que abastece a cidade de São Marcos. “Na sexta-feira (8), abrimos dois barramentos. Depois tivemos uma audiência na Patram na terça-feira (12) e, ontem (13), fomos novamente no mesmo local, onde o proprietário já tinha aberto mais um barramento e nós abrimos mais um, com máquina própria da Corsan”, detalha o gerente da Corsan de São Marcos, André Viana.

‘Nosso objetivo é abastecer o município e o que precisamos é que eles parem de tirar água do rio’

Conforme revela, na tarde desta quinta-feira (14), a Corsan e a Patram realizaram a fiscalização de mais 3 propriedades em que também estão ocorrendo transposições ilegais. “Agora já correu a notícia de que estamos fiscalizando, daí as bombas que tocam água para os açudes os proprietários estão escondendo. Mas no Ranchinho já começou a chegar um volume maior de água. Inclusive já fui procurado por dois proprietários de açudes que vieram me dizer que não estavam mais tirando água do rio e aí eu respondi que a intenção não era prejudicar ninguém e não estamos aí para multar ninguém. O nosso objetivo é abastecer o município e o que precisamos é que eles parem de tirar água do rio, porque a água tem que ser para um bem coletivo e não para um bem privado”, assinala André Viana.

O gerente da Corsan de São Marcos reforça que não há justificativa para a ação de barrar o Rio Ranchinho para uso particular da água. “Você colocar uma bomba lá dentro do rio para sugar um pouco de água para sua propriedade, tudo bem, mas barrar o rio para ter o uso privado, 100% da água, isso não tem o que justifique. E tem que ter licença ambiental para isso. Nós da Corsan fomos atrás dessas propriedades por causa da água, mas a Patram vai olhar também a questão de crime ambiental, porque em uma das propriedades havia mato derrubado e um barramento até maior que a nossa barragem da Corsan em São Luiz”, revela André Viana.

Segundo explica, após 24 horas da liberação dos barramentos é que a Corsan poderá calcular o aumento do volume de água do Rio Ranchinho. “Só depois de 24 horas que eu vou ter uma noção de quanto aumentou, até porque onde abrimos fica a quase 6 km acima do Ranchinho”, detalha André.

Chuvas destas terça (12) e quarta (13): ‘praticamente insignificante, pouco mais de 5 milímetros’

De acordo com o gerente da Corsan de São Marcos, André Viana, as chuvas registradas nestas terça (12) e quarta-feira (13) não beneficiaram a bacia de captação do Rio Ranchinho. “Foi praticamente insignificante, choveu um pouco mais de 5 milímetros. Não rendeu nada”, informa, detalhando que a estiagem no município já dura há 5 meses e meio. “O curso todo do Rio Ranchinho está seco, tem vários pocinhos dentro do rio, que vão ter que encher para depois que encher transbordar por baixo e aí vai surtir efeito dois dias depois”, explica André Viana.