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PLANTãO POLICIAL
Jovem preso em São Marcos é acusado de matar policial militar do Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo
Matheus Yeshua Bueno Reis, de 22 anos, preso quando trabalhava como cobrador de ônibus, na Rodoviária de São Marcos,na última terça-feira (6), é suspeito de participar da morte de Luiz Gustavo Oliveira Silva, de 20 anos, que morreu com golpes de faca
6 anos atrás
Matheus Yeshua Bueno Reis é suspeito de participar da morte de policial morto a facadas durante briga na Zona Norte do Rio (Foto: R7.com)
O foragido da justiça preso pela Polícia Civil de São Marcos, com o apoio de 3 policiais militares do Rio de Janeiro, na última terça-feira, dia 6 de novembro, é um dos suspeitos de participar da morte de policial militar carioca no mês de junho. Conforme informações do portal G1, Matheus Yeshua Bueno Reis, de 22 anos, foi detido quando trabalhava como cobrador de ônibus, na Rodoviária de São Marcos (onde estava há 2 meses). Ele possuía duas prisões preventivas decretadas pela Justiça do Rio, por conta de dois crimes distintos. O jovem é acusado de participar da morte de Luiz Gustavo Oliveira Silva, de 20 anos, assassinado com golpes de faca, durante uma briga na Tijuca, Zona Norte do Rio, em meio às comemorações pela vitória do Brasil sobre a Costa Rica, na última Copa do Mundo.
Matheus Reis é o último suspeito de participação na morte do militar a ser preso pela polícia. Em setembro um outro envolvido já havia sido capturado. “Dois dias depois do crime, em junho, o Matheus fugiu para a Serra gaúcha. Num primeiro momento da investigação já sabíamos que ele tinha saído do Rio de Janeiro, mas ainda não tínhamos o local exato. Através de um trabalho de inteligência da delegacia, conseguimos levantar que ele estava na cidade de São Marcos, onde se estabeleceu de maneira concreta e já levava uma vida normal”, revelou o delegado Willians Batista, da Divisão de Homicídios (DH) da Capital do Rio de Janeiro, em entrevista ao programa Balanço Geral RJ, da Rede Record. Conforme detalhou, ele e outros dois policiais envolvidos na investigação realizaram diligências por São Marcos. “Eu fui pessoalmente, com 2 policiais, e chegamos a realizar algumas diligências, pois sabíamos que ele estava na cidade, mas não tínhamos o local exato. Contamos com o apoio fundamental da delegacia da cidade de São Marcos para conseguir capturá-lo”, destacou. Segundo o delegado, Matheus também responderá pela tentativa de homicídio de outra pessoa esfaqueada durante a briga que resultou na morte do policial Luiz Gustavo.
Durante o voo que o levou de Porto Alegre ao Rio de Janeiro na última terça-feira (6), Matheus confessou aos policiais, informalmente, ter cometido o crime, porém alegou legítima defesa. “Ele falou que de fato matou o Luiz Gustavo, mas disse ter agido em legítima defesa. Só que prontamente nós já apresentamos pra ele, também informalmente, o que tinha sido apurado na investigação. E essa versão dele é totalmente inverossímil, porque o laudo de exame de necropsia mostra que a vítima foi atingida por diversas facadas, uma no pescoço e algumas nas costas, então, ao alegar que deu apenas uma facada e que teria sido legítima defesa, ele claramente mentiu. O depoimento dele na delegacia deve ser nesse sentido, mas já temos elementos suficientes para submetê-lo à Justiça e ele ser condenado”, finalizou Willians Batista. Durante a investigação do caso, agentes da DH também descobriram que Matheus havia cometido um outro crime. Na madrugada do dia 5 de fevereiro, câmeras de segurança flagraram o rapaz espancando um guia turístico, de 32 anos, no Rio Comprido, também na Zona Norte. Segundo a polícia, os dois haviam acabado de sair de uma festa. A prisão do foragido em São Marcos repercutiu em veículos de comunicação de todo o Brasil, principalmente na imprensa carioca.
Promotor Evandro Kaltbatch: ‘Sistemas estaduais das polícias civil e militar precisam ser integrados’
Procurado pelo Jornal L´Attualità, o promotor de Justiça de São Marcos, Evandro Kaltbatch, destacou que a prisão do foragido do Rio de Janeiro no município traz à tona a necessidade da integração dos sistemas estaduais das polícias civil e militar. “A dificuldade que temos é que os sistemas das polícias não são integrados no Brasil. No Banco Nacional apenas os mandados de prisão são integrados quando lançados no sistema. Se eu peço a atualização dos antecedentes de uma pessoa em um processo criminal aqui no Rio Grande do Sul, eu só tenho acesso aos antecedentes dele no estado, no resto do Brasil não tenho. Recebo os antecedentes da Justiça Estadual, se a pessoa tem antecedentes na Justiça Federal, já não aparece no processo”, explica o promotor. Conforme revela, a empresa de São Marcos que contratou Matheus Yeshua Bueno Reis não conseguiria acesso aos seus antecedentes criminais do Rio de Janeiro. “A empresa que contratou poderia ter suspeitado, mas não iria obter a informação. Se viessem aqui no fórum pedir antecedentes dele, não iria constar nada”, pontua Evandro