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CORONAVíRUS
Coronavírus em São Marcos: transportadora investe na testagem rápida de caminhoneiros
Transportes Paim, de Campestre da Serra, adquiriu testes rápidos para seus motoristas. Profissionais com maior risco de contágio, caminhoneiros foram os primeiros infectados em São Marcos, Vacaria e Campestre da Serra
5 anos atrás
Imagem apenas ilustrativa
O coronavírus (covid-19) é uma ameaça ainda maior aos profissionais do setor de transportes, principalmente os caminhoneiros, que têm pouco acesso aos serviços de saúde nas estradas e estão mais vulneráveis ao contágio porque circulam por muitas cidades. Mesmo em meio à pandemia e o risco maior de contágio, os motoristas seguem trabalhando, para garantir que os alimentos, medicamentos e itens básicos continuem chegando às cidades. O primeiro caso de coronavírus em São Marcos, confirmado no último dia 3 de maio, trata-se de um paciente caminhoneiro, assim como os primeiros casos registrados nos municípios vizinhos de Vacaria e Campestre da Serra.
As empresas de transporte já estão tomando medidas de prevenção para garantir a saúde de seus profissionais e também o diagnóstico rápido de possíveis infectados. O L’Attualità entrevistou Renato Paim, residente em São Marcos e um dos sócios da Transportes Paim, transportadora localizada em Campestre da Serra, que investiu na testagem rápida de seus motoristas. “Adquiri testes rápidos para coronavírus, de forma particular, no Laboratório São Marcos, e vou testar todos os 13 motoristas da transportadora. Tenho um motorista de São Marcos, um de Caxias do Sul e os outros são todos de Campestre da Serra”, detalha Renato. Conforme revela, também faz parte do quadro de funcionários da sua empresa o motorista de 57 anos diagnosticado com coronavírus em Campestre da Serra no último dia 19 de abril e que já voltou ao trabalho após se recuperar da doença.
Transportes Paim: Motoristas permanecem período de 3 a 4 dias em casa após viagens
Renato Paim destaca as medidas de prevenção adotadas pela transportadora. “Além do básico, que é o uso de luvas, álcool gel e máscara, está se tentando evitar ao máximo que o motorista tenha de sair da cabine do caminhão, para que tenha menos contato no momento de descarregar com o pessoal, principalmente no Rio de Janeiro. Eles ajudam a tirar a lona e deixam o pessoal fazer a descarga”, relata Renato. Segundo ressalta, ao retornarem, geralmente os motoristas permanecem um período de 3 a 4 dias em casa. “80% das vezes é assim, ficam 3 ou 4 dias em casa, para ver se aparece algum sintoma (do coronavírus). E o nosso tempo de viagem é muito curto, no máximo 7 dias, eles não ficam mais muito tempo fora de casa”, assinala Renato Paim. A Transportes Paim transporta arroz até o Rio de Janeiro e retorna com bobina de aço para indústrias da Serra, contudo, durante a pandemia, os motoristas têm retornado com os caminhões vazios. “Não permitem que os caminhoneiros fiquem muito tempo na estrada quando não se tem carga, por causa da pandemia, então eles têm voltado vazios”, explica Renato.