-
EDUCAçãO
Secretaria de Educação de São Marcos aguarda definição sobre validação de atividades à distância
Ainda com incertezas sobre retomada das aulas, escolas municipais seguem enviando atividades e conteúdos via aplicativo WhatsApp para alunos do ensino fundamental: ‘não vamos conseguir garantir a qualidade necessária de uma aula presencial’. Governador anunciou prorrogação da suspensão de aulas
5 anos atrás
Alunos das escolas municipais estão recebendo atividades via WhatsApp (Imagem apenas ilustrativa)
Em São Marcos, as escolas municipais e estaduais estão sem aulas desde o dia 19 de março, incluindo as escolas de Educação Infantil. Desde o último decreto prorrogando a suspensão até o dia 30 de abril, a previsão era de que as escolas voltassem a funcionar no dia 4 de maio. No entanto, conforme pronunciamento do governador Eduardo Leite nesta terça-feira, 28 de abril, as aulas seguirão suspensas. Ele definirá ao longo deste mês se as atividades letivas serão retomadas ao longo do mês de maio ou apenas em junho.
Em São Marcos, 1.900 alunos de escolas de ensino fundamental e infantil estão em casa. Durante esse período, professores têm adaptado o método de ensino, enviando atividades para os alunos por meio de grupos em redes sociais e aplicativos. “Na segunda semana depois que pararam as aulas os professores, diretores e coordenadores organizaram grupos de WhatsApp, onde são enviadas as atividades. Avaliamos e vimos que essa seria a melhor forma de atingir os nossos alunos do ensino fundamental. Uma plataforma seria mais difícil, porque as crianças teriam que ter computador. Assim, os professores enviam as mensagens e eles retornam no mesmo grupo”, relata a secretária de Educação, Tatiane Borghetti Zulian.
‘Precisamos do aval do Conselho Nacional de Educação, que ainda não se posicionou, dizendo se vai ter validade’
De acordo com ela, esse método tem mantido os alunos em atividade, mas ainda existem algumas preocupações. “O que nos preocupa é que isso atinja a todos, porque sabemos que é muito difícil ter uma qualidade e equidade nessa forma de atividades programadas”, observa a secretária de Educação. Ela destaca a importância das interações pessoais para o aprendizado. “A gente pediu para os professores enviarem atividades para as crianças não perderem o contato com a educação e com a escola, para que se mantenham ativas em casa. Mas não vamos conseguir garantir a qualidade necessária de uma aula presencial, ainda mais para os pequenos, que precisam de interação, convivência, presença física do professor e colegas”, aponta a secretária de Educação.
Tatiane destaca, ainda, que as atividades continuarão sendo enviadas durante o período de suspensão das aulas, mas não garante que elas sejam validadas para o calendário letivo. “Não garantimos que essas atividades vão ser validadas para o cumprimento de calendário, porque precisamos do aval do Conselho Nacional de Educação, que ainda não se posicionou, dizendo se vai ter validade”, informa.
Se aulas forem retomadas, escolas precisarão de uma série de adaptações
A secretária de Educação de São Marcos, Tatiane Borghetti Zulian, ressalta que quando as aulas forem retomadas serão necessárias diversas adaptações por parte da escola, professores e funcionários. “Vamos ter todos os cuidados, fornecendo máscaras para professores, funcionários e crianças. Todas as medidas de segurança, álcool gel, limpeza mais intensa. A volta seria com cautela. Provavelmente não vão voltar todos totalmente para a escola, vai ter que ser num formato de rodízio, para não ter aglomeração”, projeta Tatiane, destacando que é preciso aguardar as orientações do Estado sobre a volta às aulas.
Ela ressalta também a preocupação com a recuperação dos conteúdos e do calendário, informando que serão estudados novos formatos para a retomada das aulas. “Vamos fazer o possível para que a gente consiga terminar esse ano, mas tudo depende de quanto tempo vai se estender a suspensão das aulas. O que a gente pensa é em aumentar um pouco a carga horária, ao invés de terminar 11h30, terminar 11h50; colocar sábados no calendário; férias de julho provavelmente não vai ter; o recesso em dezembro se estenderia, com possibilidade de entrar janeiro a dentro”, adianta a secretária de Educação.