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GERAL
Temporal de granizo: ‘nos parreirais de Campestre da Serra a destruição é total’
Chuva de granizo na madrugada desta quarta-feira (31) deixou casas destelhadas em São Marcos e danificou produção agrícola no interior. Maior destruição foi nas linhas Santana e Riachuelo, nos parreirais e pessegueiros
6 anos atrás
Em Campestre da Serra temporal de granizo provocou perda total de parreiras
Na madrugada desta quarta-feira, 31 de outubro, forte temporal atingiu a Serra gaúcha e causou prejuízos em residências e lavouras. Além dos ventos fortes, por volta de 0h50 a chuva de granizo também assustou os moradores de São Marcos e Campestre da Serra. A tempestade de vento forte e granizo não durou mais de 5 minutos, mas foi suficiente para deixar casas destelhadas, árvores e postes caídos e a produção rural praticamente arrasada em muitas propriedades dos dois municípios. O secretário municipal de Agricultura de Campestre da Serra, Tairo Ballardin, comunicou ao L`Attualità a destruição registrada no interior do município. “Na região de Serra do Meio, nos parreirais e frutas a destruição é total, não sobrou nada, nunca vi coisa igual”, lamentou Tairo.
O técnico agrícola da Emater de São Marcos, Eri Zanela, também relatou que as perdas foram grandes. “Vendo por cima, a chuva pegou uma área bastante grande aqui em São Marcos. Estragou bastante nas linhas Santana e Riachuelo. Em São Roque ainda não tive notícia, teve lugares que não deu nada, é mais a região perto do Rio das Antas”, conta Eri, citando os principais produtos afetados. “Nessa região o que tinha de fruta, como pêssego, ficou tudo batido. A maior área de estrago são as parreiras. O alho também foi atingido, mas como eles estão bem adiantados eles vão acabar colhendo, vai dar um tamanho menor, mas eles vão colher”, relata.
Casas danificadas no bairro São José receberam lonas da prefeitura
Já na área urbana de São Marcos, no bairro São José, a Rua Benjamin Lopes, no Loteamento Vida Nova, teve inúmeras casas danificadas. O morador João Francisco dos Santos, teve parte da sua residência destelhada e alagada. “A chuva descobriu minha casa, quebrou umas 6 folhas de Brasilit, e molhou tudo nos dois quartos”, conta o morador. João contou com ajuda do cunhado para cobrir a casa com lona e evitar que a chuva continuasse a danificar os móveis. Ele estima que o conserto das telhas deve passar de R$ 1 mil. “Conseguimos cobrir com lona, mas ainda tem umas goteiras. Agora tem que esperar parar a chuva, contar quantas folhas estragou e arrumar. O conserto vai passar de mil reais, porque tem que comprar as folhas e pegar alguém para fazer”, calcula os prejuízos. Além das casas destelhadas, na rua também há postes caídos e os moradores seguem sem energia elétrica.
Nas proximidades da residência de João, pelo menos outras oito casas ficaram parcialmente destelhadas. O morador Lauro Lopes conta que não teve as telhas danificadas, mas também sofreu alguns prejuízos. “Não saiu nenhuma telha, mas o que atingiu na minha casa foi a madeira. Nas casas vizinhas quebrou telha e o vento levou tudo para dentro da minha garagem, encheu de pedaços de pau e Brasilit, entrou muita coisa, mas não chegou atingir o carro, e não alagou a casa”, conta. Sua casa, que não teve problemas com alagamento, agora serve como abrigo para os móveis de outros moradores enquanto não sejam solucionados os danos.
Logo após o temporal, funcionários da prefeitura passaram pelo local distribuindo lonas aos moradores. O Corpo de Bombeiros também foi acionado, mas não compareceu no bairro, pois estava realizando outros atendimentos na cidade. O L’Attualità tentou entrar em contato com o quartel na manhã desta quarta-feira (31), mas os telefones não estão funcionando. A RGE também passou pelo bairro após o temporal, mas, devido à chuva forte no momento, ainda não realizou os consertos.