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    CORONAVíRUS

    Supermercados de São Marcos: ‘a comunidade ainda não está totalmente consciente’

    Dirigentes da Cooperativa Agrícola Mista Rio Branco e Super Marco alertam para importância da conscientização da população durante a quarentena pelo coronavírus: ‘ainda estão vindo em família para fazer compras no mercado, inclusive crianças e idosos’

    5 anos atrás

    Empacotadores, caixas e todos que manipulam alimentos estão fazendo uso de máscaras cirúrgicas (Foto divulgação Super Marco)

Reconhecidos como essenciais pelo decreto municipal publicado pelo prefeito Evandro Kuwer no último dia 20 de março, os supermercados, incluídos na categoria de distribuição e comercialização de medicamentos, gêneros alimentícios e água, permanecem funcionando em São Marcos durante a pandemia do coronavírus. Contudo, estão operando com acesso de clientes controlado, com capacidade de, no máximo, 20% da taxa de ocupação estipulada no PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio), sendo responsáveis por evitar a aglomeração de pessoas na porta e regulamentar as filas dos caixas para que a distância mínima entre as pessoas seja de, pelo menos, 1,5 metro. Empacotadores, caixas e todos que manipulam alimentos estão fazendo uso de máscaras cirúrgicas.

Nos supermercados da Cooperativa Agrícola Mista Rio Branco, está sendo permitida a entrada de até 15 pessoas por vez. “Está tudo tranquilo. Organizamos a fila, num primeiro momento entra até 15 pessoas, depois conforme vai saindo uma pessoa vai entrando outra, então está bem organizado. Estamos higienizando bastante, tudo o que está ao alcance da gente estamos fazendo”, assinala a gerente de Compras da Cooperativa Agrícola Mista Rio Branco, Tania Ampessan Fochesato.

Contudo, conforme aponta, a comunidade de São Marcos ainda não está totalmente consciente da importância do recolhimento durante a pandemia do coronavírus. “O povo ainda não está bem consciente. Ainda estão vindo em família para fazer compras no mercado, sendo que o recomendado é apenas uma pessoa vir. Estão vindo idosos, crianças, ficamos bem apavorados de ver isso. Tem casos em que o idoso não consegue nem caminhar com facilidade e está vindo fazer compras”, observa Tania.

Vendas também via Whatsapp na Cooperativa

Representante da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) em São Marcos, Tania Ampessan destaca que a entidade está orientando o setor supermercadista sobre medidas preventivas que devem ser tomadas pelos estabelecimentos durante a pandemia. “Temos um grupo da Agas e a entidade vai orientando tudo o que precisa ser feito. Em relação aos produtos, continuamos comprando e estamos dando uma estocada para evitar de faltar mercadoria para o cliente, mas está tranquilo, não está faltando nada. No Super Coop 1 colocamos a venda online pelo Whatsapp (54 3291 9430). Quando entregamos a mercadoria na casa, tem que pagar à vista em dinheiro, mas, se o cliente quiser pagar com cartão de crédito, aí vem na Cooperativa. Via aplicativo a pessoa indica os produtos, nós separamos e ela só passa no mercado para pagar e retirar as compras. No Super Coop 2 não tem whats, daí tem que ligar no 54 3291 1422”, detalha Tania Ampessan.

Super Marco: movimento tranquilo após semana conturbada

No Super Marco, a semana de 16 a 20 de março – quando o município decretou calamidade pública devido ao coronavírus – foi conturbada, conforme conta o gerente do supermercado, Juliano Rizzon. “Foi uma loucura durante toda a semana, desde que foi anunciado que iriam fechar escolas e creches. Só não ficamos desabastecidos porque temos um estoque bom. A principal mercadoria a gente tem, e estamos recebendo mais. Sempre temos um bom estoque, para não deixar faltar mercadoria”, assinala Juliano, salientando que nesta última semana o movimento no Super Marco normalizou. “Está mais tranquilo, o pessoal está vendo que tem que ser com entrada controlada. Deixamos uma média de 20 clientes aqui dentro, para que não façam filas, e, se tem muita aglomeração, já trancamos a porta e não liberamos mais. Os clientes estão entendendo também que não adianta comprar em exagero, tem que vir comprar aqui o que é necessário, senão daqui a pouco pode começar a faltar. Os caminhoneiros podem parar, porque não estão sendo atendidos nas estradas, e aí sim pode começar a faltar mercadoria”, aponta o gerente do Super Marco.

‘Tem que comprar só o necessário e ser breve’

Juliano também alerta para a importância da conscientização da comunidade de São Marcos. “A população tem que nos ajudar também, porque ainda tem gente que vem no mercado para passear. Acho que não está todo mundo consciente de que não é uma brincadeira, tem que comprar só o necessário e ser breve para comprar. Já tem que vir com a lista do que vai comprar e que venha uma pessoa só da família e não a família inteira. Precisamos disso para podermos atender um número maior de famílias”, pontua Juliano Rizzon.