Em São Marcos, está em andamento desde o dia 10 de fevereiro a Campanha de Vacinação contra o Sarampo. A aplicação da vacina segue até o dia 13 de março em todas as unidades de saúde do município. O público alvo são crianças e adolescentes de 5 a 19 anos de idade, sendo que esta faixa etária deve receber duas doses. No último dia 15 de fevereiro foi realizado o Dia D, quando 237 crianças e adolescentes, de 5 a 19 anos de idade, compareceram a alguma unidade para atualização do cartão vacinal. A maioria já possuía a vacina, sendo assim, foram aplicadas seis vacinas contra o sarampo. “Foi uma campanha bastante movimentada. O público aderiu muito, atendeu aos nossos chamados, correspondendo à situação epidemiológica que o Brasil se encontra em relação ao sarampo. Fez com que as pessoas da faixa etária dos 5 aos 19 anos comparecessem às unidades para revisar o cartão e verificar se tinham as duas doses da vacina”, avalia a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de São Marcos, Bruna Gonçalves.

Até os 29 anos todas as pessoas precisam comprovar duas doses da vacina. Crianças de seis meses a menores de 1 ano recebem uma dose de intensificação da vacina tríplice viral (protege contra o sarampo, rubéola e caxumba); com 12 meses elas recebem uma dose de tríplice viral; aos 15 meses uma dose da tetra viral (protege contra sarampo, rubéola e caxumba); pessoas de 30 anos a 49 anos precisam ter apenas uma dose da tríplice viral. “Deve ser feita uma dose de intensificação antes de um ano, porque eles também estão suscetíveis. O calendário inicia com um ano de idade. É uma vacina básica, está dentro do calendário”, reforça Bruna. Profissionais de saúde, independente da idade, necessitam ter duas doses da vacina tríplice viral. Bruna informa que, a partir dos 49 anos, o Ministério da Saúde entende que as pessoas reduzem o risco de contrair a doença, ou que possivelmente já tenham passado sarampo, por isso a vacina não é mais obrigatória.

Vacinação também é indicada para pessoas que já tiveram sarampo

A dose distribuída durante a Campanha também é indicada para pessoas que em algum momento da vida já tiveram sarampo. “A vacina que fazemos é tríplice viral, protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Então mesmo quem já teve sarampo pode fazer, porque ela vai estar protegida contra as outras duas que ela ainda não teve”, destaca. A vacina é contraindicada para gestantes e crianças abaixo dos seis meses de idade, e mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até um mês após a vacinação. Pessoas com baixa imunidade deverão ser avaliadas pelo médico antes de receberem a vacina.

Brasil teve 18 mil casos de sarampo em 2019

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo busca responder à crescente de casos da doença no Brasil desde 2015. “O sarampo começou a ter uma posição mais crítica no país a partir de 2015 e 2016, quando aumentaram drasticamente os casos. E isso aconteceu porque pessoas doentes, portadoras do vírus, adentraram no país e encontraram bolsões imensos de pessoas sem vacinação, ficaram doentes e começou a se proliferar o sarampo no país”, relata Bruna Gonçalves, enfermeira da Vigilância Epidemiológica de São Marcos.

Em 2019, no Brasil, foram registrados 18.203 casos de sarampo. Maior parte deles se concentrou em São Paulo e foram 15 mortes. Em 2020, até o mês de fevereiro, foram 344 casos de sarampo em oito Estados. No Rio Grande do Sul foram registrados 18 casos. As faixas etárias de contaminação foram as mais variadas, por isso se ressalta a importância da vacina.

O sarampo é transmitido por vias respiratórias e os sintomas são febre, manchas vermelhas pelo corpo, cansaço, falta de apetite, tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Em relação aos agravantes da doença, Bruna responde a um questionamento bastante comum entre a população. “Todo mundo que pega sarampo vai morrer? Não. Alguns casos complicam para otite, laringite, diarreia, pneumonias, encefalites, e eventualmente ao óbito. Mas na maioria dos casos a pessoa consegue se curar e fica tudo bem”, esclarece.

Secretaria também aplica vacina contra a febre amarela

Paralelo à Campanha Nacional de Vacinação Contra o Sarampo, por orientação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, foi realizada avaliação do cartão de vacinação do público alvo (crianças e adolescentes de 5 a 19 anos) e também dos pais e responsáveis que as acompanham. A revisão do cartão busca confirmar se outras vacinas, além do sarampo, também estão em dia, como tétano, HPV, meningite e, principalmente, febre amarela. Devido ao risco de introdução do vírus amarílico no Rio Grande do Sul, foi aplicado a vacina contra a Febre Amarela naqueles que não estavam com o cartão de vacinação atualizado.

Bruna alerta para a importância da verificação devido à mudança no calendário de vacinação. “A maior demanda de verificação é a vacina da febre amarela, porque modificou o calendário. Uma vez se fazia a cada 10 anos. Depois se retirou isso e as crianças faziam com nove meses e quatro anos.  Mas agora, com resultados de estudos, se observou que crianças que fazem só com nove meses de idade, ao passar dos anos a imunidade baixa e eles ficam suscetíveis”, relata Bruna. Agora, as doses da vacina contra a febre amarela devem ser aplicadas com nove meses e também com quatro anos de idade. Para adultos segue uma dose durante a vida.

No Dia D de vacinação contra o sarampo, diante da verificação do calendário, foram aplicadas 158 doses da vacina contra a febre a amarela.

Confira os horários de atendimento dos postos de saúde de São Marcos:

ESF São José – 8h às 11h e 14h às 17h (nas terças-feiras das 18h às 19h)

ESF Nicoletti – 8h às 11h e 14h às 17h (nas terças-feiras das 18h às 19h)

ESF Doncatto – 8h às 11h e 14h às 17h (nas terças-feiras das 18h às 19h)

Pedras Brancas – 8h às 11h45 e 12h45 às 16h30

Centro Municipal de Saúde – 8h às 11h15 e 13h30 às 17h15 (nas quintas-feiras a vacinação ocorre até as 19h)