O Brasil não teve nenhum caso confirmado do coronavírus até o momento. No entanto, o sinal de alerta é constante e os profissionais de saúde seguem estudando formas para evitar a proliferação do vírus caso ele seja introduzido no país. Em São Marcos, a Secretaria Municipal de Saúde apresentará nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, no Conselho Municipal de Saúde, um protocolo de atendimento caso um paciente chegue ao Hospital do município com suspeita do coronavírus.

De acordo com a enfermeira da Vigilância em Saúde, Bruna Gonçalves, todo o processo já está descrito, mas ainda precisa ser aprovado pelo Conselho. “Já sabemos onde o paciente deve ficar, quais exames deve fazer, por quanto tempo deve ficar ali, o que fazer com os comunicantes dele, se ele fica aqui ou vai para outro hospital. Isso vai ser apresentado e os demais integrantes vão falar se temos que modificar algo”, explica.

O objetivo da Secretaria de Saúde, que segue orientações de demais órgãos de saúde do país, é de identificar mais precocemente possível os casos suspeitos. “Se tiverem um estado clínico compatível, foram para países onde tem esses casos ou entraram em contato com pessoas doentes, que a gente consiga detectar isso mais precocemente para evitar a contaminação entre pessoas”, ressalta, informando que o momento é de capacitação da equipe para atuar nessa situação e manter os alertas: “pessoas que foram viajar para países com casos, caso voltem ao país, a São Marcos, com sintomas, que comuniquem imediatamente os serviços de saúde”, frisa Bruna.

Coronavírus se assemelha à gripe

Assim como a H1N1, conhecida como gripe suína, o vírus se modifica rapidamente, o que pode dificultar alguns estudos e atrasar os resultados. Sendo assim, mudanças nos processos podem ser necessárias com mais frequência. “Pode ser que nosso plano de contingência daqui um mês tenha que modificar de novo.  Vamos apresentar baseado no que sabemos até hoje”, pondera a secretária municipal de Saúde, Maristela Lunedo. O que se sabe até o momento é que o vírus pode ser transmitido por meio de contato por via respiratória.

Também por ser um vírus novo, algumas informações não se confirmaram ainda. Por esse motivo os alertas seguem sendo feitos intensamente, buscando reduzir os riscos à população ou o risco de contágio. “O Brasil já está em movimento no sentido de elaborar protocolos para caso venha a ser introduzido o vírus no país. Pouco se sabe sobre ele. Podemos pensar no coronavírus como uma gripe, as medidas de precaução e cuidados são relacionados à influenza”, observa Bruna Gonçalves.

De acordo com reações apresentadas por paciente infectados, os primeiros sintomas perceptíveis são a febre, tosse e dificuldade de respirar. É importante ficar atento se você viajou ou esteve em contato com alguém que viajou. “Não temos nenhum caso confirmado, mas estamos em alerta”, reforça Bruna.

China adotou medidas rápidas de proteção

O coronavírus se concentrou em sua maioria na China. Em entrevista ao L’Attualità, Bruna e Maristela atribuem a diminuição nos casos suspeitos aos cuidados adotados no país de origem do vírus. “O próprio fator de proteção é o país chinês, que adotou medidas rápidas, que estão ajudando a não se espalhar. Foram contidas viagens, as medidas de contato, a quarentena. Isso fez com que ficasse mais localizado”, analisa Maristela Lunedo. Agora, o Brasil busca se inspirar com a preparação dos protocolos e medidas a serem adotadas diante de uma possível confirmação do vírus.